Governo Federal realiza novos cortes nas universidades e institutos federais

Corte afeta despesas de custeio, como gastos de água, luz, limpeza e bolsas dos alunos. 
Em 06/10/2022 09h02 , atualizado em 06/10/2022 09h08 Por Miguel Souza

Cortes de verbas nas universidades
Cortes de verbas nas universidades
Imprimir
Texto:
A+
A-
PUBLICIDADE

O Governo Federal realizou novos bloqueios de orçamento das universidades e institutos federais. A alteração foi feita no último dia útil antes do primeiro turno das eleições de 2022, por meio do Decreto 11.216.

O bloqueio é de R$ 328 milhões para as universidades e de R$ 147 milhões para os colégios federais. Com esses novos números, os cortes de orçamento para a educação federal chegam para a casa de R$ 1 bilhão.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) emitiu nota ontem (5), sobre o corte de verba. A associação destacou que desta vez, no percentual de 5,8%, resultando em uma redução na possibilidade de empenhar despesas das universidades no importe de R$ 328,5 milhões.

Este valor, se somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo de 2022, perfaz um total de R$ 763 milhões retirados das universidades federais do orçamento que havia sido aprovado para este ano

De acordo com a nota, o decreto formaliza o contingenciamento de verbas para o Ministério da Educação, no valor de R$ 2.399 bilhões (R$ 1.340 bilhão anunciado entre julho e agosto e R$ 1.059 bilhão agora).

Além da educação, outros ministérios sofreram cortes de verba, como o da Ciência, Tecnologia e Inovações (R$ 1,7 bilhão de corte), da Saúde (R$ 1,6 bilhão), do Desenvolvimento Regional (R$ 1,5 bilhão) e o da Defesa (R$ 1,1 bilhão).

A Andifes ainda destaca que os cortes de verba para as universidades federais colocam em risco o funcionamento de todo o sistema das universidades. 

Cortes para 2023

Além de todos os cortes neste ano, o MEC ainda prevê um orçamento com R$ 300 milhões a menos para os institutos federais em 2023. 

A previsão é de que o orçamento seja de R$ 2,1 bilhões. A verba é destinada para o pagamento das despesas de custeio, como gastos de água, luz, limpeza e bolsas dos alunos.