Estudantes da UFES denunciam fraude no sistema de cotas do Vestibular

Instituição informou que um processo administrativo foi instaurado para apurar tais denúncias.
Em 01/03/2016 11h49 , atualizado em 01/03/2016 12h19 Por Wanja Borges

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O Coletivo Negrada, Organização de Estudantes, Negros, Indígenas e Cotistas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), denunciou aos Ministérios Público Estadual e Federal (MP-ES e MPF) fraudes no Sistema de Reserva de Vagas do Vestibular 2016 da instituição.

O grupo afirma que recebeu inúmeras reclamações, após a divulgação da lista de aprovados no processo seletivo, de que as vagas estavam sendo ocupadas por candidatos não beneficiários legais das cotas raciais, reservadas para candidatos Pretos, Pardos ou Indígenas (PPI). Conforme as denúncias, candidatos brancos fraudaram a autodeclaração etnicorracial para obter vantagens e usufruir ilegalmente da subjetividade do termo “pardo” do PPI. 

Os estudantes denunciaram, ainda, que a UFES não possui meios de verificação da veracidade das informações declaradas pelos candidatos e reiteraram a necessidade e urgência de criar uma banca examinadora para evitar esse tipo de fraude. Um abaixo-assinado sobre o assunto foi publicado no Portal Petição Pública e já conta com cerca de 200 assinaturas, até o momento. 

UFES

Em nota publicada no dia 25 de fevereiro, no site da instituição, a Administração Central da UFES informou que, em decorrência das denúncias, um processo administrativo foi instaurado com vistas a apurar se, sob o ponto de vista jurídico e fático, realmente ocorreram os fatos classificados como fraudulentos.

O documento esclareceu, ainda, que se após o devido processo legal, for constatada violação da Lei Federal de Reserva de Vagas e da Resolução da Universidade que estabelece sistema de reserva de vagas no Processo Seletivo da Ufes, os estudantes que tiverem praticado irregularidades terão suas matrículas anuladas, com o consequente desligamento da instituição.

Por Wanja Borges