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O mestrando em História, Rainer Sousa, da equipe Brasil Escola, analisou a prova de História do vestibular Ufop 2008/2, que foi realizada no último domingo. Seguem abaixo suas palavras:
“A prova de História do vestibular da UFOP 2008/2 foi marcada por uma grande variedade de temas.
Em História Geral, a prova cobrou conteúdos sobre "Antigo Regime" e "A ascensão das correntes liberais e socialistas".
Seguindo uma tendência de outros vestibulares, a prova contou com duas questões de História da América. A primeira cobrava conteúdos relacionados ao "Ambiente colonial hispânico" e o "Processo de Independência da América Espanhola".
Na parte de História do Brasil, detentora de metade das questões, contamos com a presença do "Período Pombalino", "Escravidão no Brasil" (tratando das alforrias, um tema bastante incomum em prova), "Economia no II Reinado" e "Crise do Estado Novo".
Se a distribuição de temas foi um ponto positivo da prova, não podemos deixar de salientar a falta de textos e imagens na prova. Além de possibilitar questões mais interessantes, exige uma maior capacidade interpretativa do candidato. De todas as questões, apenas duas contaram com esse tipo de recurso auxiliar.
Seguindo uma outra tendência, a prova também trabalhou com "datas redondas", principalmente as finalizadas com oito. Neste sentido, a questão de II Reinado (1840-1888) e a sobre os processos de independência da América Latina (1808 - 1825) disseram ao que vieram.
Para finalizar, a resolução da questão 45:
"De fato, mulatos e pardos tinham mais possibilidades de libertação do que os
escravos negros, e mulheres tinham mais chance de consegui-la do que os homens,
principalmente em cidades como o Rio de Janeiro e Salvador, perfazendo 60% do
conjunto de libertos, embora fossem apenas 40% do total de escravos".
VAINFAS, Ronaldo (dir.). Dicionário do Brasil Imperial 1822-1889. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2002, p. 34.
De acordo com o trecho citado, podemos afirmar que a prática de alforrias
caracterizava-se:
A.) pelo predomínio do sexo feminino entre os alforriados.
B.) por beneficiar igualmente adultos e crianças que viviam no cativeiro.
C.) por não estabelecer distinções entre escravos nascidos no Brasil ou na África.
D.) por ser em maior número em Salvador do que no Rio de Janeiro.
Resposta: LETRA A - Além do próprio texto oferecer todas s condições para o encontro da alternativa correta, devemos salientar que a alforria de escravos rurais homens era bem mais incomum na medida em que compunham a grande parcela da força de trabalho braçal e serviam como valiosa moeda de troca.”
Confira a prova e o gabarito aqui.
Por Marla Rodrigues
“A prova de História do vestibular da UFOP 2008/2 foi marcada por uma grande variedade de temas.
Em História Geral, a prova cobrou conteúdos sobre "Antigo Regime" e "A ascensão das correntes liberais e socialistas".
Seguindo uma tendência de outros vestibulares, a prova contou com duas questões de História da América. A primeira cobrava conteúdos relacionados ao "Ambiente colonial hispânico" e o "Processo de Independência da América Espanhola".
Na parte de História do Brasil, detentora de metade das questões, contamos com a presença do "Período Pombalino", "Escravidão no Brasil" (tratando das alforrias, um tema bastante incomum em prova), "Economia no II Reinado" e "Crise do Estado Novo".
Se a distribuição de temas foi um ponto positivo da prova, não podemos deixar de salientar a falta de textos e imagens na prova. Além de possibilitar questões mais interessantes, exige uma maior capacidade interpretativa do candidato. De todas as questões, apenas duas contaram com esse tipo de recurso auxiliar.
Seguindo uma outra tendência, a prova também trabalhou com "datas redondas", principalmente as finalizadas com oito. Neste sentido, a questão de II Reinado (1840-1888) e a sobre os processos de independência da América Latina (1808 - 1825) disseram ao que vieram.
Para finalizar, a resolução da questão 45:
"De fato, mulatos e pardos tinham mais possibilidades de libertação do que os
escravos negros, e mulheres tinham mais chance de consegui-la do que os homens,
principalmente em cidades como o Rio de Janeiro e Salvador, perfazendo 60% do
conjunto de libertos, embora fossem apenas 40% do total de escravos".
VAINFAS, Ronaldo (dir.). Dicionário do Brasil Imperial 1822-1889. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2002, p. 34.
De acordo com o trecho citado, podemos afirmar que a prática de alforrias
caracterizava-se:
A.) pelo predomínio do sexo feminino entre os alforriados.
B.) por beneficiar igualmente adultos e crianças que viviam no cativeiro.
C.) por não estabelecer distinções entre escravos nascidos no Brasil ou na África.
D.) por ser em maior número em Salvador do que no Rio de Janeiro.
Resposta: LETRA A - Além do próprio texto oferecer todas s condições para o encontro da alternativa correta, devemos salientar que a alforria de escravos rurais homens era bem mais incomum na medida em que compunham a grande parcela da força de trabalho braçal e serviam como valiosa moeda de troca.”
Confira a prova e o gabarito aqui.
Por Marla Rodrigues