O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) aprovou em reunião na tarde de ontem (18) a proposta da Câmara de Graduação da universidade de incluir cotas sociais no Vestibular da instituição. A idéia central da proposta foi aprovada com 29 votos contra 01 e duas abstenções.
O Cepe votou uma alteração na proposta que, ao ser apresentada, sugeria a atribuição adicional de 10% na pontuação obtida pelo candidato que tivesse freqüentado escola pública desde a 5ª série do ensino básico, ou seja, durante os últimos sete anos de ensino.
Segundo a alteração do Cepe, o aluno deve ter estudado os 11 anos do ensino básico em escola pública para ter o benefício da pontuação adicional no vestibular. Esta proposta foi aprovada com 17 votos contra 13 e duas abstenções.
Decisão final
Para ser homologada, a proposta tem de ser aprovada em seguida pelo Conselho Universitário da UFMG. Se isso acontecer, a pontuação adicional para alunos que cursaram os 11 anos do ensino básico em escola pública deve ser implantada já no próximo vestibular da UFMG, em 2009.
Em 2011 seria feita uma avaliação sobre os resultados da medida (incluindo o desempenho dos alunos beneficiados, ao longo de seus cursos) para então decidir sobre a permanência ou não da pontuação adicional nos vestibulares posteriores a 2012.
O pró-reitor de Graduação da UFMG, professor Mauro Braga, tem afirmado que a medida debatida pela Universidade é uma forma de, ao menos, "amenizar a seletividade socioeconômica do vestibular".
Essa modalidade já é utilizada em vestibulares de instituições de ensino superior públicas como a Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade de São Paulo (USP), a maior do país.
Por Camila Mitye