Década de 60: O “BOOM” dos vestibulares

Por Marla Rodrigues

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De 1960 a 1964, o número de candidatos ao Ensino Superior cresceu 50%. Em virtude de tentar equiparar ou diminuir a diferença existente na época, o número de vagas nas universidades públicas brasileiras aumentou em 60%.

De 1964 a 1968, porém, o número de inscritos no vestibular subiu 120%, sendo que o número de vagas expandiu-se em apenas 52%. Enquanto antes bastava ter média 5 (de uma escala de 0 a 10) para poder se matricular na faculdade, agora vários candidatos aprovados por média ficavam de fora por falta de vagas. Foi nesta época que a concorrência cresceu monstruosamente.

Em 1971, o Decreto 68.908 instituiu que os exames de seleção fossem os mesmos para todos os departamentos de uma universidade, de forma que, gradativamente, atendessem aos diversos grupos e regiões do país. A intenção era que um vestibular único desse conta de todo o Brasil, como propõe o Ministério da Educação, sugerindo o Enem como este exame. Foi com base nesta mudança que surgiram então a Fuvest da USP e a Vunesp da UNESP, entre outras.

Já em 1965 o exame passou a ser mais rígido, com exigência de documentos de identidade para entrar nos locais de prova, além de tempo determinado para resolver as questões, sempre sob supervisão de fiscais bastante rigorosos.

Foi nesta mesma época que surgiram os primeiros cursos preparatórios para o vestibular, como o André Dreifus, Nove de Julho, Castelões e Anglo.