Em um mundo em que é comumente aceito que a grande maioria das melhores universidades do mundo foi fundada entre os séculos 11 e 19, a luta pelo reconhecimento é ainda mais difícil para as jovens instituições. Elas não só precisam enfrentar esta visão desfavorável por ter menos de 50 anos, como também têm de lidar com a concorrência mais “tradicional” que acumula anos de história, prestígio, ex-alunos e financiamentos.
No entanto, nos últimos anos, inúmeras instituições consideradas jovens têm conseguido quebrar este preceito e cresceu em prestígio em um período relativamente curto. O ranking “100 Under 50” da Times Higher Education (THE) é uma prova disso. A lista traz as 100 melhores universidades do mundo com menos de 50 anos de história.
A THE analisou a lista das 200 melhores universidades do mundo em seu ranking mundialmente famoso, o “World University Ranking”, que é dominado pela elite histórica (como Harvard, MIT, Cambridge e Oxford), e identificou as sete instituições com menos de 50 anos que mais subiram de posições na lista desde 2011. As estrelas acadêmicas de mais rápido crescimento do mundo, chamadas pela Times de “young guns”, são as seguintes:
1. Universidade Tecnológica de Nanyang (fundada em 1991) - Singapura
2. Universidade Maastricht (1976) - Holanda
3. Universidade de Warwick (1965) – Reino Unido
4. Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia (1971) – Coreia do Sul
5. Universidade Pompeu Fabra (1990) – Espanha
6. Escola Politécnica Federal de Lausanne (1969) – Suíça
7. Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong (1991) – Hong Kong
Primeira colocada, a Universidade Tecnológica de Nanyang, de Singapura, conseguiu subir impressionantes 108 lugares no ranking geral da Times em apenas quatro anos. A holandesa Maastricht, no segundo lugar, subiu 96 posições desde 2011, e a britânica Warwick, 54.
A análise deste grupo revela o provável segredo do rápido crescimento no mundo acadêmico atual. Todas as sete receberem altas pontuações em três fatores analisados pelos especialistas convidados pela Times para criar a lista das melhores:
1. O impacto das citações: o quanto os trabalhos de pesquisa da universidade são mencionados por outros acadêmicos, servindo como uma medida da influência de suas pesquisas no resto do mundo.
2. O rendimento da indústria: o quanto empresas estão trabalhando em parceria com seus acadêmicos e aplicando suas pesquisas em situações reais do setor.
3. A perspectiva internacional: quantos estudantes, professores e pesquisadores internacionais a universidade atrai e o quanto ela colabora com pesquisas internacionais de outras instituições.
Conferência de Jovens Universidades da Times Higher Education
A Times Higher Education realizará a segunda Conferência de Jovens Universidades em Dublin, Irlanda, em abril de 2015, com alguns dos principais nomes do mundo acadêmico com menos de 50 anos. O objetivo é debater temas importantes entre instituições jovens, como, por exemplo, como competir internacionalmente com universidades mais antigas e tradicionais.
Por Brenda Bellani