Você aprendeu como é o formato da prova de proficiência em inglês exigida pelas instituições internacionais; aprendeu como treinar para o TOEFL e o IELTS; já sabe que se quiser ser admitido em um curso acadêmico no exterior, provavelmente, precisará atingir uma nota mínima em um destes dois testes; também tem ideia de que é importante praticar leitura, escrita e conversação antes de prestá-las.
Se a sua intenção é estudar no exterior, é quase inevitável que precise passar pelas quatro horas de prova em inglês para provar certo nível de fluência no idioma. O TOEFL e o IELTS são os testes comumente aceitos por instituições de ensino superior no mundo todo. Por isso, além de explicar o que são e para que servem, desta vez, conversamos com quem já os prestou. Mais do que isso, reunimos casos de estudantes que precisaram da prova por diferentes motivos.
Eu fiz o TOEFL para estudar no exterior
João Neves, 36 anos, estudante do curso de graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec) quer conquistar uma das vagas no programa do governo brasileiro Ciência sem Fronteiras, que vai ceder milhares de bolsas nas melhores universidades do mundo todo. Um dos requisitos do processo seletivo do programa é conseguir atingir o “resultado mínimo de 550 pontos na modalidade Paper Based Test ou 79-80 pontos na modalidade Internet Based Test do Test of English as a Foreign Language (TOEFL), ou no mínimo de 6,0 pontos do International English Language Test (IELTS)”, segundo o site oficial do Ciência sem Fronteiras.
Por este motivo, Neves fez o TOEFL em Limeira, interior de São Paulo, no final de 2012. O estudante conseguiu a nota mínima exigida, mas o resultado final do processo ainda não foi divulgado. “[O TOEFL] é uma prova cansativa, que exige muita atenção. Sugiro que [para treinar] realize simulados cronometrando o tempo, para aprimorar os seus pontos fracos e não perder tempo na prova”, diz João Neves.
Eu fiz o TOEFL para conseguir ser admitido em um mestrado brasileiro
O TOEFL é uma prova bastante popular de fluência no inglês. Não só é exigido no exterior, como algumas instituições estaduais nacionais também o incluem como parte do processo seletivo de cursos de pós-graduação. “Eu precisei fazer o TOEFL Institucional para ser aceito no Mestrado em Engenharia de Produção da USP (Universidade de São Paulo)”, conta Daniel José Rosa, 25.
Cada curso de mestrado e doutorado da USP estipula uma nota mínima no TOEFL ou IELTS, variando de acordo com o nível acadêmico do curso e da área de estudo. O TOEFL Institucional (ou Institutional Testing Programme – ITP) é aplicado pela própria universidade e é válido apenas para os seus cursos. Contatada sobre o motivo de exigir a prova de proficiência em alguns dos seus processos seletivos, a Universidade de São Paulo explicou que é “em função da bibliografia que será exigida durante o curso”.
Além disso, várias universidades públicas brasileiras possuem parcerias com instituições internacionais, o que possibilita a realização de intercâmbio de estudantes, professores e pesquisadores.
A versão institucional da USP feita por Daniel exigiu apenas as partes de leitura (reading) e escrita (writing). “O TOEFL abordou muito assunto que não é da minha área de formação. Então, às vezes, tinham alguns termos que pra mim não eram conhecidos. Mas eu consegui a pontuação mínima exigida”, diz Daniel, que é formado em Engenharia de Controle e Automação e estudou inglês no Canadá por um mês na escola LSC – Language Studies Canada. No entanto, para este curso no exterior – por ser um curso de idioma – não foi necessário o TOEFL.
Eu fiz o TOEFL para conseguir uma vaga de trabalho
Samira Spolidorio fez o programa de au pair por dois anos nos Estados Unidos, e resolveu prestar o TOEFL ainda na América. “Resolvi fazer o teste lá nos EUA porque era mais barato e as datas eram mais flexíveis”, explica. Formada em Letras, a intercambista tinha intenção de dar aulas de inglês quando retornasse ao Brasil. “Ter um certificado de proficiência faz a diferença no currículo. Eu não tinha uma meta específica quando prestei a prova, mas queria fazer o maior número de pontos possíveis. Acabei fazendo 108/120”, conta.
Samira acredita que a nota do TOEFL em seu currículo foi fundamental para conquistar o seu emprego atual, como professora de inglês: “Quando eu voltei do intercâmbio, eu levei o meu currículo em cinco escolas da minha cidade. Todas me chamaram. E nas entrevistas, sempre me perguntavam sobre o certificado do TOEFL, já que qualquer um pode escrever que tirou nota boa, mas só o certificado pode provar”.
Assim como Daniel, Samira enfatiza os temas dados durante a prova, sobre os quais você precisará ler, ouvir e escrever no TOEFL e que variam a cada edição. “Os temas eram bem aleatórios: energia renovável, fósseis de insetos e coisas que não tinha como a pessoa ter muito conhecimento prévio sobre o assunto. Eu achei que era bom para testar a capacidade de leitura e compreensão do texto dado mesmo. Já na parte de speaking [conversação] tinha uma parte de falar sobre tópicos familiares, sua vida, sua cidade, e outra em que se ouvia um trecho de uma palestra ou de um diálogo, assuntos bem variados”, relata.
E você? Já prestou o TOEFL? Por qual motivo? Deixe um comentário pra gente com a sua experiência.
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Por Brenda Bellani