Enem 2019: veja as notas máximas e mínimas de cada prova

Maior nota foi registrada na prova de Matemática, e menor na prova de Ciências Humanas.
Em 17/01/2020 11h16 , atualizado em 17/01/2020 12h28 Por Adriano Lesme

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Em apresentação realizada na manhã desta sexta-feira, 17 de janeiro, o Ministério da Educação (MEC) divulgou as notas máximas e mínimas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. O resultado também foi divulgado hoje.

Acesse o resultado do Enem 2019

As notas do Enem, exceto da redação, são calculadas pela Teoria de Resposta ao Item (TRI). Nesse método, a nota máxima não é necessariamente 1000 e a nota mínima zero. O cálculo depende da consistência das respostas dos participantes.

Veja as notas máximas e mínimas do Enem 2019

Linguagens
Máxima
: 801,7
Mínima: 322
Proeficiência média: 520,9

Matemática
Máxima
: 985,5
Mínima: 359
Proeficiência média: 523,1

Ciências da Natureza
Máxima
: 860,9
Mínima: 327,9
Proeficiência média: 477,8

Ciências Humanas
Máxima: 835,1
Mínima: 315,9
Proeficiência média: 508

Acertei mais questões e tirei uma nota menor. Por que isso acontece?

Uma dúvida bastante comum entre participantes do Enem é entender como é possível um estudante que acertou mais questões obter uma nota menor que outro que acertou menos. Isso acontece por causa da TRI.

Entenda melhor a TRI

Nessa teoria, antes da atribuição de uma nota à prova, é criada uma base de dados a partir dos erros e acertos dos estudantes, levando em consideração três aspectos:

- Capacidade de discriminação, distinguindo os candidatos que têm a proficiência requisitada daqueles que não a tem (se o participante é bom em Matemática e/ou Ciências Humanas etc);
- Grau de dificuldade de cada questão: fácil, médio ou difícil;
- Controle de acerto casual (chute).

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A partir destas informações, o sistema da TRI fornece um gráfico em que constam as questões com maiores e menores números de acertos, sendo possível classificar qual o nível de dificuldade de cada questão. É possível também ver as áreas consideradas mais fáceis.

Nesse contexto, há uma lógica em que o estudante que acertou apenas as questões mais fáceis obtenha uma nota maior do que aqueles que acertaram apenas as questões mais difíceis. Isso acontece porque a TRI entende que um estudante com acertos apenas nos itens mais difíceis tenha mais chance de ter chutado a resposta do que conseguido resolvê-la a partir de seus próprios conhecimentos. 

Quando a nota de uma prova é calculada pela TRI, se sai melhor o candidato que acerta mais questões fáceis e médias do que difíceis, pois o sistema entende que o participante apresentou um comportamento coerente, ou seja, não “chutou”.

Por isso, na TRI é normal que um candidato que acertou 280 questões, por exemplo, receba uma pontuação inferior ao de um participante que acertou 275, pois o segundo pode ter apresentado um padrão de resposta mais coerente.