Que tal se teletansportar?

Em 27/01/2009 17h49 , atualizado em 28/01/2009 09h20 Por Gabriele Pires Alves

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Olá pessoal! Pra começar, temos um questionamento curioso a fazer: quem nunca quis se teletransportar? Certamente a resposta de muitos foi sim! Já pensou chegar ao lugar desejado num piscar de olhos? Claro, a idéia de teletransporte que temos em mente está visualmente ligada à série de TV “Jornada nas estrelas”. Os tripulantes da nave Enterprise desciam aos planetas usando um aparelho de teletransporte, que desmaterializava a pessoa e rematerializava-a no local desejado.

O aparelho, especialmente cobiçado pelas pessoas que enfrentam o trânsito das grandes cidades para ir ao trabalho, pode se tornar realidade. Não nos mesmos parâmetros instigados pela ficção científica, mas o avanço de pesquisas já possibilitou o teletransporte de um átomo inteiro.


Cena do filme Jornada nas estrelas

A descoberta foi encabeçada por um grupo de pesquisadores das Universidades de Maryland e Michigan, nos Estados Unidos. Eles conseguiram teletransportar um átomo desnso. O caso foi noticiado no periódico científico “Science”.

Na verdade, o grupo liderado por Steven Olmschenk conseguiu transferir as características de um átomo de itérbio (elemento com 70 prótons em seu núcleo) para outro semelhante a uma distância de um metro. Na prática, nenhum dos átomos saiu do lugar, o que se deslocou foram as informações, ou melhor, as características quânticas.

Teletransportes quânticos, como são chamados, têm sido feitos desde 1997. O avanço está na capacidade de fazer a coisa acontecer com átomos inteiros compostos por múltiplas partículas, em vez de partículas mais simples como os fótons (componentes da luz), os candidatos mais prováveis a esse tipo de experimento, ou mesmo prótons.

Como acontece

O teletransporte quântico ocorre quando dois estados entrelaçados de duas partículas estão altamente correlacionados, de modo que é possível usar a interação com uma partícula para afetar a outra.

A mecânica quântica ensina que é possível juntar duas partículas diferentes de modo que elas fiquem intrisecamente relacionadas, mesmo que separadas pelo espaço. Esse fenômeno recebe o nome de entrelaçamento.


O teletransporte de átomos muito pequenos já é realidade

Depois que duas partículas estão entrelaçadas, dependendo da interação que se promove com uma delas, as características são transferidas para a outra, não importando a distância.

Mas não se anime tanto assim. Os cientistas advertem que fazer teletransporte de objetos mais complicados, compostos por zilhões de partículas, como você, é um desafio que beira totalmente a impossibilidade por essa correlação quântica ser muito frágil.

Objetivo

A grande sacada do teletransporte quântico é modernizar as novas tecnologias no ramo da informática. O computador quântico, este sim, pode se tornar realidade. O aparelho possibilitaria a realização de cálculos impossíveis e, o mais importante, aumentaria a segurança na transmissão de dados. A notícia boa é que, segundo os cientistas, este sonho pode virar realidade num futuro bem próximo.

E você? O que acha desse avanço nas pesquisas quânticas? As novas descobertas nos auxiliarão no dia-a-dia? Deixe seu comentário!