Horário humorístico gratuito

Em 02/09/2010 17h16 , atualizado em 09/09/2010 14h52 Por Adriano Lesme

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Um slogam vem chamando atenção nas Eleições 2010. Trata-se da frase usada por Francisco Everaldo Silva, candidato a deputado federal pelo Estado de São Paulo. Ainda não sabem do que se trata? Vou facilitar: “Vote Tiririca, pior que tá, não fica”. Realmente, o palhaço que virou celebridade ao interpretar o “clássico” Florentina (lembram?) tem razão ao dizer da situação atual da política brasileira. Mas será que não tem como ficar pior? Sempre tem!

Tiririca (PR) disse, em entrevista à Folha de São Paulo, que não sabe ao certo o que um deputado federal faz. Aliás, ele até brinca com isso na propaganda eleitoral: “Você sabe o que faz um deputado federal? Também não sei, mas vote em mim que eu vou te dizer”. Tiririca também não soube dizer nenhuma proposta para seu mandato, além de assumir que nunca votou.

Mas minha intenção aqui não é só debochar do Palhaço Tiririca, isso ele se faz sozinho. O “x” da questão está no fato de existirem outros candidatos iguais ao senhor Francisco Silva. No Rio de Janeiro, por exemplo, Tati Quebra Barraco quer ser deputada federal. Algumas das “mulheres frutas” também embarcaram nessa, assim como “ex-BBBs” e por aí vai. O pior disso tudo é que tem gente que vota neles para fazer graça.

Registro eleitoral de Tiririca

Eu concordo que a política brasileira chegou num nível alarmante. Ontem mesmo vi uma notícia que a Polícia Federal prendeu o prefeito e vários vereadores de Dourados, no Mato Grosso do Sul, por corrupção e formação de quadrilha. Entretanto, usar seu voto para fazer graça não vai ajudar a melhorar a situação do país. Não que eu seja contra celebridades se candidatarem, se é que podemos chamar Tiririca e companhia de celebridade, mas temos que saber diferenciar candidatos sérios dos que estão lá apenas para faturarem uma "grana fácil".

Outra coisa que eu acho importante citar é a questão dos correligionários. As eleições para deputado não funcionam como para presidente, quando o candidato com mais votos vence. Neste caso, existe o critério da proporcionalidade previsto pela legislação eleitoral. Um candidato que recebeu muitos votos pode “puxar” mais vagas para seu partido, ou seja, um político que recebeu apenas 200 votos, por exemplo, pode ficar à frente de um que recebeu 2.000.

Os partidos usam a celebridade para conseguir muitos votos e, assim, levar à Câmara candidatos de pouca expressão. Então, ao querer eleger uma celebridade, saiba que você pode acabar elegendo também algum político que você nunca ouviu falar. É melhor votar sério, para depois eles não rirem da nossa cara.

Agora eu queria saber a opinião de vocês. Já votaram apenas para fazer graça? O que você acha da política brasileira? Participem!