Um fato histórico ficou registrado no dia 17 de fevereiro: A declaração de independência de Kosovo. A região, marcada por guerras e conflitos entre as etinas sérvias e albanesas, tenta tornar-se um estado independente desde 1991, com o fim da antiga Iugoslávia.
A população de Kosovo (cerca de 2 milhões) é formada de 90% de pessoas de origem albanesa e cerca de 120 mil sérvios que ainda vivem no país. Estima-se que mais de 200 mil sérvios foram expulsos de Kosovo pelos extremistas albaneses.
Entenda o Processo de Independência
Em 1999, a “Guerra de Kosovo” marcou a intervenção da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na província, devido aos fortes conflitos entre o exército sérvio e o ELK – Exército de Libertação de Kosovo, predominantemente formado por albaneses.
Desde então, a ONU (Organização das Nações Unidas) administra a província, que em 2002 elege um novo Parlamento e Ibrahim Rugova como presidente. Em 2006 Kosovo é declarado parte da Sérvia e, no ano seguinte, a ONU faz uma proposta para a independência do país. Segundo a proposta, a independência seria “supervisionada”, controlada gradualmente pelas agências internacionais e a minoria sérvia existente no país teria seu espaço garantido no Parlamento, na polícia e no funcionalismo público.
Sérvia e Rússia (dois antigos aliados) não aceitaram a proposta, que foi, em contrapartida, elogiada pelos líderes kosovares, dos EUA e da União Européia.
Sem chegar a nenhum acordo desde então, a independência de Kosovo acabou sendo declarada no último dia 17, por Assembléia liderada pelo Primeiro Ministro Hashem Thaci.
O mapa de Kosovo (clique para ampliar)
Reflexos no mundo
Sérvia, Rússia, Montenegro e Bósnia-Herzegovina declararam-se contra a independência de Kosovo. O governo sérvio chegou a pedir à ONU que declarasse como sem validade, por se tratar de uma parte da República da Sérvia. O país pede e anulação da declaração, ameaçando bloquear relações diplomáticas com países que apoiarem Kosovo.
Outros países não vêem a independência com bons olhos, são eles: Espanha, Grécia, Chipre, Romênia, Bulgária e Eslováquia. Eles temem que as minorias étnicas de seu povo tenham reações similares e isso acabe gerando uma crise, principlamente na região dos Bálcãs.
Estados Unidos e Grã-Bretanha afirmaram apoio à declaração de independência de Kosovo, considerando este como um primeiro passo para a consolidação da democracia na região.
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