Ao longo dos séculos, a mulher abandonou o papel de coadjuvante e passou a exercer papel fundamental na sociedade. O direito ao acesso à educação, ao voto e à proteção através da Lei Maria da Penha são exemplos marcantes para (a) história feminina. No entanto, apesar dos avanços nas questões que dizem respeito à igualdade de gênero, ainda existe no Brasil uma forte cultura machista, o que faz muitas mulheres tornarem-se vítimas de violências física e psicológica.
O machismo arraigado na cultura brasileira é fruto do sistema patriarcal no qual a sociedade se desenvolveu. Nesse modelo social, o homem tem as funções de líder e provedor do lar, enquanto cabe à mulher o papel de cuidar da casa, dos filhos e de ser submissa ao esposo. Com o passar dos anos, essa estrutura tornou-se mais flexível e sofreu muitas mudanças. Porém, os resquícios que ficaram são suficientes para que o machismo faça mulheres (serem) vítimas de violência.
Baseando-se nesse modelo, muitos homens sentem-se superiores e com direitos autoritários sobre a mulher. Com a necessidade de se impor e afirmar a sua masculinidade, muitos deles tornam-se agressivos e partem para a violência física e sexual de mulheres. Alguns casos de agressão resultam na morte da vítima. Além disso, ainda existem os casos de agressão moral que a mulher vive em seu cotidiano: cantadas nas ruas, assédio sexual nos transportes coletivos e no ambiente de trabalho e piadas e publicidades que inferiorizam a mulher são comuns.
Desse modo, faz-se necessário que, a longa longo prazo, forme-se uma contracultura baseada em valores morais, éticos e de respeito a à mulher na sociedade. Para tanto, o aumento do ensino de disciplinas como sociologia, filosofia e cidadania é fundamental para a formação de indivíduos conscientes. Ademais, é preciso que o governo invista na construção de mais delegacias especializadas em mulheres e na punição efetiva dos criminosos. A mídia, por sua vez, tem o papel de promover campanhas de incentivo às denúncias. ONGS e instituições sociais também podem ajudar com grupos de apoio e proteção à mulher e assistência psicológica ao agressor.
Comentários do corretor
Atenção ao emprego da crase, à concordância de número (singular e plural) e à coesão na construção frasal.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente com o ponto de vista defendido e crítica.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
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0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |