A base da violência contra a mulher - Banco de redações

            Mesmo com a mulher ganhando cada vez mais espaço e ocupando cargos máximos, como o de presidente da república, o machismo ainda está impregnado em parte da sociedade. A discussão a seu respeito vem ganhando espaço na mídia e nos debates da população, principalmente a respeito de sua maior consequência: a violência contra a mulher. Mas afinal, por que o machismo persiste?

            É lamentável, mas ele está enraizado no inconsciente das pessoas, tanto homens quanto mulheres. Isto porque ele vem de berço, cresce com crianças que viram suas mães subjugadas pelo autoritarismo, que desde pequenas são ensinadas que a mulher deve ficar em casa, cuidando dos filhos e deixando tudo em ordem para o homem, que é o provedor e manda na casa.

             Como consequência direta disso vem a violência, (.) o Mapa da Violência indicou que, no ano de 2011, dos 73.633 atendimentos relativos à violência doméstica, Sexual sexual e/ou outras violências, 65% eram de mulheres. Considerando somente os casos de estupro(,) elas representam 88,5% das vitimas. Mais assustador é o resultado obtido pelo Sistema de Indicadores e Percepção Social (SIPS) do Ipea, que mostra que 58% dos entrevistados concordam total ou parcialmente que se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros, o que é totalmente absurdo, a vítima nunca é culpada por um estupro, ninguém tem o direito de violar a integridade física do outro.

            Romper com uma cultura machista, que permite que mulheres sejam mortas por terminarem seus relacionamentos, que sejam ofendidas por usarem as roupas que querem é um desafio a ser enfrentado. É necessário garantir a punição para os agressores e que sejam tomadas medidas para conscientização da população. A educação é o principal caminho a se seguir, ensinar as crianças sobre a igualdade entre os sexos é uma atitude que trará resultados significativos para o futuro.