Presenciamos atualmente um cenário de crise econômica que tende a agravar-se e que carece de medidas para reverter-se. Em tese, é necessário um mercado de trabalho forte, composto por trabalhadores com boas remunerações e condições para consumir e(,) consequentemente(,) aquecer a economia. No entanto não é dessa forma que os governantes estão lidando com essa situação, tendo inclusive projetos de leis que procuram terceirizar a mão de obra tanto de atividades-meio como de atividades-fim.
Com a aprovação desta lei, os direitos trabalhistas, tais como FGTS e 13º salário, poderão ser aniquilados, pois de acordo com a mesma, quem deverá fiscalizar as empresas prestadoras do serviço de terceirização são os próprios empresários. Com essa alteração, não há garantia do cumprimento das obrigações para com o trabalhador, uma vez que os administradores das empresas possuem interesses financeiros, diferentemente do Estado, o antigo “inspetor” do implemento dos benefícios conquistados.
Há quem diga que essa lei abrirá espaço para o aumento da taxa de empregos no país, mas sendo terceirizado ou contratado pela empresa, a quantidade de trabalhadores que ela precisa para produzir antes e depois da suposta aprovação da lei será a mesma. Essa situação deixa explícito o interesse de um dos lados: de acordo com a CUT, Central Única dos Trabalhadores, colaboradores terceirizados recebem salários 25% menores e trabalham 3 horas a mais quando comparados aos contratados diretamente pela empresa, dessa forma essa diferença salarial transforma-se em maior lucro para a instituição.
Ademais, as condições na qual as quais esse artífice será submetido serão piores. Os trabalhadores terceirizados sofrem acidentes com mais frequência, pois a empresa responsável pela terceirização economiza nos itens de segurança para cortar custos. Além disso, de acordo com Graça Costa, secretária das relações de trabalho da CUT, 90% dos 10 maiores grupos de trabalhadores em condições análogas à escravidão entre 2010 e 2014 eram terceirizados.
Portanto, o projeto de lei 4330 deve ser reformulado para que os trabalhadores não se prejudiquem. A fiscalização necessita ser realizada por sindicatos específicos de cada área, até mesmo por serem os representantes dos trabalhadores face às diversas situações; também é preciso que sejam respaldados por uma legislação como a CLT, que protege os direitos dos labutadores.
Comentários do corretor
Atenção à pontuação, à concordância de número e à regência nominal.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente, crítica e muito bem desenvolvida.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9.5 |
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