Em 1943, o presidente Getúlio Vargas sancionava a Consolidação das Leis do Trabalho, CLT, a qual unificava toda a legislação trabalhista. Hodiernamente, porém, há um debate acerca do rumo de tal lei, que se encontra ameaçada em virtude do projeto que visa regulamentar a terceirização irrestrita. Observa-se, nesse contexto, um claro conflito de classes e o impacto na vida econômica do trabalhador brasileiro.
“A história da sociedade até os nossos dias é a constante luta de classes”. Tal assertiva, proferida por Karl Marx, nessa conjuntura, é comprovada pelos atuais acontecimentos. A lei que libera a terceirização geral torna nítidos os interesses de cada segmento do grupo social, já que, se de um lado o empresário almeja o lucro, de outro o trabalhador deseja seus direitos. A vantagem, assim, é das grandes empresas, cujos custos são reduzidos, pois elas se distanciam do empregado, não sendo responsáveis pelas garantias trabalhistas.
A contratação de terceirizados, além disso, afeta a CLT, dado que abala diretamente a renda dos indivíduos. Isso porque pesquisas apontam uma redução de 25%, em média, do salário deste operário em comparação ao trabalhador direto. O atual projeto de lei, também, colocaria em risco as férias e o 13° pagamento do funcionário, comprometendo, assim, substancialmente as relações de trabalho.
Percebe-se, portanto, que o destino dos direitos dos contratados no Brasil enfrenta um grande desafio. É preciso necessária, dessa forma, a atuação da mídia no sentido de, com o apoio das ONGs, incentivar a sociedade a resistir contra qualquer mudança que coloque em risco a CLT, por meio de comerciais informativos em horário nobre. O governo, também, deve cumprir sua função de mantenedora do bem-estar social, prezando pela garantia de todos os privilégios dos trabalhadores, de modo a sancionar leis majoritariamente beneficentes aos cidadãos. É possível, de tal forma, honrar a excelente iniciativa de Vargas e evitar a luta prevista por Marx.
Comentários do corretor
Atenção à pontuação e à concordância de gênero (masculino e feminino).
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente e crítica.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
| NOTA FINAL: | 8.5 | |
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| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |