Ponderar é essencial - Banco de redações

          O mês de abril de 2015 no Brasil foi marcado por calorosas discussões sobre as relações trabalhistas. O projeto de lei número 4330/2004, que trata da terceirização dos serviços,  foi votado na Câmara dos Deputados e aprovado. Isso após algumas emendas no texto base. Esse assunto é muito relevante para toda a sociedade e deve ser amplamente estudado para que represente um avanço, e não, um retrocesso político, econômico e humanitário.
        O que esse projeto propõe é a regulamentação de uma conduta na contratação de trabalhadores que na prática já vem sendo adotada. Há aproximadamente doze milhões de contratados por empresas terceirizadas no Brasil atualmente.  Porém, apenas para exercerem atividades meio e não atividades fim.  Essa é a principal  mudança que traz a proposta, a possibilidade de terceirização até mesmo das atividades fim.
        Se por um lado, alguns defensores do PL 4330 alegam que ele trará aumento de produtividade, aumento da oferta de emprego, desburocratização para as empresas contratantes, e ainda, melhores condições de especialização para o trabalhador. (,) O que valorizaria a mão de obra e qualificaria os serviços prestados, e consequentemente traria aumento de  renda para o funcionário.
        Por outro, alguns críticos chamam a atenção para os riscos do aumento da precarização das condições gerais para o trabalhador, a exemplo dos casos de trabalho análogo ao escravo, noticiados recentemente em confecções de roupas nos grandes centros urbanos, além de corroborar para a descentralização dos sindicatos.
          Por tudo isso, cabe aos poderes executivo e legislativo ponderar, para que os novos rumos das relações trabalhistas no Brasil sejam capazes de satisfazer a demanda de regularização da atividade de terceirização.  Isso sem ferir os direitos sociais dos trabalhadores conquistados desde a Era Vargas com a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).