- Banco de redações

Tendo em vista o ataque terrorista ocorrido contra o jornal Charlie Hebdo(,) motivado, segundo os jihadistas, pelas charges satíricas direcionadas ao profeta Maomé, muitos são os favoráveis pela limitação da liberdade de expressão, para que casos como este não ocorram, outros, entretanto, discordam afirmando que a liberdade de expressão é um dos pilares da democracia e que sua limitação favoreceria a disseminação de governos totalitários, diminuindo, consequentemente, a voz da população.

A liberdade de expressão permite às pessoas questionarem, duvidarem, criticarem e, sobretudo, exporem suas ideias e opiniões. Por isso os contrários a à sua limitação argumentam que isto colocaria em jogo formas para melhorar a sociedade como um todo e que a democracia seria grandemente afetada, uma vez que a participação do povo nas questões políticas, por exemplo, se enfraqueceria, abrindo-se, por conseguinte, brechas para outras limitações e para o totalitarismo.

Os favoráveis a à limitação afirmam que muitos são os casos em que pessoas(,) por motivos religiosos, políticos e, raciais(,) sentem-se ofendidas com certas sátiras e ironias que comumente aparecem nos meios de comunicação, levando-as ao isolamento social e cultural. O exagero no humor das charges do jornal Charlie Hebdo, por exemplo, ao tentar criticar e denunciar as ações dos terroristas islâmicos, acabaram acabou também por instituir em muitos a visão generalizada e periférica de que todo mulçumano é perigoso, aumentando desta forma o sentimento xenofóbico e preconceituoso.

Compreende-se pelos fatos apresentados que a limitação da liberdade de expressão realmente deve ocorrer, porquanto limitá-la não significa diminuir sua importância e, sim, diminuir o exagero que na maioria das vezes é desnecessário e proporciona o xenofobismo a xenofobia, o preconceito e a exclusão cultural e social. Não se pode confundir a liberdade com a vulgaridade.