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O recente atentado de terroristas islâmicos em Paris, ao jornal "Charlie Hebdo", que costumavam publicar caricaturas do profeta Maomé, trouxe a à tona uma a questão: Deve-se ou não limitar a liberdade de expressão? A resposta é não, a solução não é censurar e sim, aprender a tolerar.

Primeiramente, é importante frisar que liberdade de se expressar é um suporte vital para a manutenção de uma sociedade democrática. Ela dar dá aos cidadãos o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos. Porém, essa liberdade não é absoluta, isto é, todos indivíduos falam o que querem, mas terão de arcar com as consequências de suas falas. Observa-se, a partir disso, que já existem condições pré-estabelecidas a essa liberdade, sob risco (de) punição ao emissor da fala caso a justiça o considere culpado. Nesse ínterim, impor limites sistemáticos e específicos seria muito mais uma forma de censura que controle.

Na esteira desse raciocínio, uma tolerância maior por parte das pessoas seria a melhor saída desse problema. Segundo Voltarie Voltaire, podemos não concordar com nenhuma palavra que outrém disser, mas devemos defender até a morte o direito deles de dizer-las dizê-las. É preciso ser mais tolerante e entender que a liberdade que qualquer um tem de falar o que quer é a mesma que dar ao indignado - os que se sentiram ofendidos -, o direito de protestar e defender seu ideal sem o uso de violência, embora nem sempre seja assim.

Fica nítido, portanto, que precisamos acabar com o velho clichê de que a liberdade de cada um termina quando chega na liberdade do outro. Para isso, precisamos ser educados tanto em ambiente familiar como no escolar. Temos de aprender, desde cedo, (a) tolerar as coisas, mesmo aquelas que não concordamos, além disso, é essencial aprender (a) sempre agir conforme as leis. Talvez assim, viveríamos em um mundo menos violento, com mais pessoas conscientes e sem nenhuma censura.