Liberdade e Preconceito - Banco de redações

Além dos muitos fatores biológicos que nos diferem dos demais animais, o ser humano possui uma característica conhecida como “consciência moral”, que pode ser definida como a capacidade de julgar o que é certo e errado, logo depois, podendo escolher o melhor caminho a ser seguido, sendo esta escolha denominada liberdade.

Recentemente, a sede do jornal francês Charlie Hebdo, foi invadida por dois homens que mataram várias pessoas, entre elas policiais, funcionários e chargistas, sendo considerado um ataque terrorista fundamentalista, pois em vídeos gravados por cinegrafistas amadores, é possível ouvir os atiradores bradando em devoção a Maomé, profeta Islão Islâmico alvo de constantes sátiras do jornal.

Tomemos como exemplo a luta das feministas do século XIX e a dos cidadãos brasileiros durante a Ditadura Militar. A busca por “liberdade” – que teve o conceito exposto acima – é bem empregada em ambos, já que no primeiro caso, as mulheres queriam deixar de ser subjugadas e serem independentes e os brasileiros queriam ser livres para decidir seus governantes.

De certa forma, havia um objetivo em suas manifestações, diferentemente do que acontecia nas charges publicadas do Charlie Hebdo, que difamavam toda uma religião sem nenhum motivo ou reivindicação aparente.

Há uma barreira muito grande que difere “liberdade de expressão” e “respeito”. Fazer uso de meios que denigram a imagem de um grupo de indivíduos numa tentativa errônea de mostrar superioridade é uma forma de preconceito e não é preciso ir muito longe, na história da humanidade, para perceber que uma sociedade preconceituosa sofre terríveis consequências.