Ser ou não ser, eis a liberdade de expressão - Banco de redações

A liberdade de expressão, iniciada na França, foi uma grande conquista a todas as nações. No entanto, o recente atentado ao jornal Charlie Hebdo, fez com que uma indagação mundial emergisse: Deve deve haver limites á à liberdade de expressão. (?)

A liberdade de expressão é o ato de expor ideias e pensamentos através do “livre- arbítrio democrático”. Isto significa, em outras palavras, a vontade do cidadão de falar, escrever ou desenhar quaisquer coisas sem a repressão do Estado. Esta garantia fixou-se no mundo através da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, criada em 1789 na França. No qual seu art. 11° assegura a livre comunicação das ideias e das opiniões como bem mais precioso do homem. Com isso, houve muitas mudanças no mundo. Por exemplo, graças a à liberdade de expressão(,)  os “caras pintadas” e os ” tropicalistas” puderam mudar a realidade política do Brasil. Assim como a primavera árabe tem mudado a realidade das políticas autoritárias no oriente médio, atualmente.

Essa liberdade de expressão, no entanto(,) tem gerado muita polêmica no país que a difundiu. (,) Em razão do atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo. (,) No qual extremistas islâmicos invadiram a sede do mesmo, devido a uma charge feita por cartunistas, ironizando a figura sagrada de Maomé. Este atentado não só resultou na morte de 12 pessoas, mas sobretudo, reformulou o pensamento social sobre o direito ofensivo da imprensa. Visto que alguns cidadãos, em represália ao atentado declararam guerra ao islamismo, com o jargão “sou Charlie”. Este é o real problema da liberdade de expressão na França, haja vista que, não se pode julgar a parte pelo todo*. Sabe-se que cerca de 6,2  milhões de mulçumanos vivem em território francês. Ademais, isto acarretaria o fenômeno da “islamofobia”, bastante presente na parte ocidental do globo. Vale salientar que, a liberdade de expressão não ocasionou aversão dos mouros, mas instigou o ódio daqueles intolerantes e sem discernimento. Isto pode ser observado na frase de Stéphane Charbonnier, quando afirmou “com a caneta eu não degolo ninguém”. Entretanto, com tal caneta criou crimes hediondos tais como: Discriminação e genocídio.

Percebe-se então que a liberdade de expressão é imprescindível a todas as nações. Visto que graças a este ato ideias e pensamentos foram construídos a fim de melhorar as relações no que concerne aos direitos do homem e do cidadão. No entanto, a sua utilização indiscriminada e exacerbada, tem gerado sérios problemas ao ponto de criar fenômenos de aversão e perseguição, conhecidos como islamofobia. Para sanar estas questões não é necessário necessária a divisão entre ser “ser charlie” ou “não charlie”.  É preciso ser humano, e tratar as diferenças com sentimento de empatia e respeito, ou seja, limitar a liberdade de expressão com intuito de não transgredir a crença alheia. Só assim a liberdade de expressão  deixará de ser  uma incógnita e passará a ter um relevante valor social.