O limite da liberdade é a ética - Banco de redações

No final do século XVIII a França foi palco de uma das maiores mobilizações sociais que emergiram na Europa. A Revolução Francesa, tal como ficou conhecida, marcou a mudança de um período Moderno para um mundo Contemporâneo por meio da garantia da “liberdade, igualdade e fraternidade” para os povos. A partir de então, a liberdade tornou-se palavra de ordem e se disseminou pelo mundo.

            Tempos se passaram e em pleno século XXI, a França libertária sofre um atentado contra o livre-arbítrio da sua imprensa. A comunidade global(,) indignada com o ocorrido(,) se solidariza com os franceses, que se entristeceram com a morte de cartunistas, que pela força da liberdade utilizavam a escrita para criticar, por exemplo, grupos extremistas adeptos do islamismo.

            No entanto, vale salientar que muitas vezes é extremamente repugnante o ato de crítica feito pela imprensa no que se refere às crenças e valores de determinadas populações. É evidente que se os paradigmas de um povo são contestados, essas pessoas tenderão a combater tais contestações. Cada grupo de pessoas tem o direito de acreditar no que bem quiser, dessa forma, se algo ou alguém se opuser a isso estará também contrariando a ideia da liberdade.

            Por tudo isso, faz-se necessário saber respeitar no momento que se deseja criticar, pois o direito de alguém termina quando começa o do outro. Assim, a ética torna-se uma palavra-chave no que concerne à boa conduta que deve estar presente no trabalho desenvolvido pela imprensa, visto que a mesma é responsável pela difusão de pensamentos e ideias em âmbito internacional, e desse modo, alcança multidões de indivíduos.