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Deve haver limites para a liberdade de expressão?

Enviada em: 10/02/2015

Status:

Corrigida
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  A liberdade de expressão sempre foi uma questão delicada e complexa de lidar, principalmente no período de 1964, momento em que a ditadura militar reprimia qualquer  forma de comunicação. Em pleno século XXI, esse assunto volta a interrogar toda sociedade. Tal questionamento se baseia na divisão de ideias que, ora possa parecer ilimitável para muitos, ora ofensiva para outros.

  Por um lado, a população em geral preza de modo significativo o poder de expressão. Haja vista que é uma forma eficaz de colocar em evidência  todas  as irregularidades que acometem a população e o seu respectivo país. Tal mecanismo é usado antes mesmo da ditadura de 94, apesar das censuras para com a mídia e a arte. Um exemplo da então eficácia do efeito da comunicação foi, através das manifestações de junho de 2013, a redução de preço dos transportes públicos coletivos, além de outros assuntos terem ganhado mais atenção como a educação, saúde e segurança. Tudo isso por intermédio da liberdade de se expressar.

  Por outro lado, no entanto, determinados grupos de pessoas, em certas ocasiões, podem interpretar tais manifestações de forma negativa, quando de alguma forma assuntos delicados como religião, etnias ou origens passam a ser alvos de sátiras ou ofensas.  O caso dos ataques ao Charlie Hebdo não deixa de ser um exemplo de tal visão, visto que os terroristas se viam afetados pelas charges publicadas. Outro exemplo, não menos relevante, porém de natureza diferente, é o caso de, recentemente, jogadores serem alvos de ofensas racistas por parte de torcedores, (o) que(,) por sua vez, não deixa de ser uma liberdade de expressão, porém, sem propósitos idealistas ou objetivos.

  Diante dessa dualidade, pode-se inferir que há soluções diferentes para cada caso. Enquanto que, no propósito de usar a liberdade de expressão para solucionar problemas, é viável que, nesse caso, não (se) necessite de qualquer tipo de privação para tal ação. Nessa perspectiva, nunca é falar demais quando se trata da situação do país e das mazelas que nele se encontram. Contudo, a partir do momento em que se usa o privilégio da liberdade para tratar de assuntos banais e irrelevantes, isto é, que atingem de forma negativa um determinado grupo de pessoas, nessa perspectiva, é necessário uma auto avaliação por parte do autor e perceber o quão desnecessário será fazê-lo, visto que ofensas ou sátiras desse tipo não amenizarão os problemas que assolam a sociedade, tampouco acabarão com os empecilhos do país.

Comentários do corretor


Atenção à pontuação, à conjugação de verbos e expressões verbais e à coesão nas frases.

Bom texto. Aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, crítica e coerente, além de explorar bem as informações disponíveis na coletânea.

Continue exercitando sua escrita.


Competências avaliadas


Item Nota
Adequação ao Tema Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. 2.0
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. 2.0
Adequação ao Gênero Textual Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. 2.0
Adequação à modalidade padrão da língua Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. 1.0
Coesão e Coerência Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. 1.5
NOTA FINAL: 8.5


Saiba como é feito a classificação da notas
0.0 - Ruim 0.5 - Fraco 1.0 - Bom 1.5 - Muito bom 2.0 - Excelente