Fundamentalmente, o terrorismo é uma prática que consiste em atentados destrutivos ou homicidas cujo objetivo é atingir o maior número de alvos civis ou governamentais, buscando incutir terror e pânico em determinada sociedade. Produto direto do domínio imperialista europeu sobre povos e nações nos séculos XIX e XX, o terrorismo moderno difundiu-se e evoluiu a ponto de, em um mundo internacionalista, burocratizado e globalizante, constituir uma das maiores problemáticas enfrentadas na sociedade atual.
Sob diversas perspectivas históricas, é possível notar que a prática terrorista se origina, em momentos e em circunstâncias diferentes, no contexto de sociedades divididas ideologicamente e sob convulsão social, nas quais ocorrem clivagens radicais que tomam proporções significativas. A exemplo, pode-se evidenciar grupos como o IRA, uma dita armada republicana que lutava, pautada na doutrina cristã, para reanexar a Irlanda do Norte à Irlanda; as FARC, bastião do narcoterrorismo colombiano; e os movimentos jihadistas, a mais evidente manifestação de terrorismo atualmente, sob entidades como Al-Qaeda, Hezbollah e Jihad Islâmica Egípcia.
A continuidade da prática, no entanto, é fundamentada nas políticas adotadas frente a ela. Durante a Guerra Fria, houve o financiamento de grupos consoantes aos interesses das potências e, posteriormente, com os atentados de 11 de setembro de 2001, o confronto militar direto pautado na Doutrina Bush, que reciclou a finalidade da OTAN. Os valores ocidentais passaram a figurar como prerrogativa, superior à diplomacia e à soberania dos países sedes de grupos terroristas, para intervenções e manobras militares, aprofundando o caos e as bases ideológicas de tais movimentos.
É necessário salientar, entretanto, que, de maneira geral, há sempre forças internas contrárias ao terrorismo, pacifistas ou não, que auxiliam no combate à prática.
Infere-se, portanto, a ineficiência do militarismo antiterrorista, fazendo-se necessário, para desarticulação dos movimentos, uma introjeção de valores pacifistas ocidentais, mediante entidades como a ONU, a Cruz Vermelha e as resistências internas ao terrorismo, que, análogos ao messianismo cristão, figurariam como alternativa ao radicalismo. Tal apoio deve ser implementado por meio de auxílio financeiro e de propaganda ideológica.
Comentários do corretor
Bom texto, porém foge ao tema proposto pelo Banco de Redações no mês de fevereiro: há limites para a liberdade de expressão?
Leia a coletânea com atenção, fuga ao tema zera a redação do Enem.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 0.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 0.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 0.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 0.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 0.0 |
NOTA FINAL: | 0 |
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