O excesso é prejudicial - Banco de redações

            Tendo o terceiro milênio chegado, o homem social e político depara-se com uma situação, dentre tantas outras, complexa: a liberdade de expressão deve ser limitada? A resposta é afirmativa. Para justificá-la têm-se os conflitos internacionais originários de seu excesso, bem como o fato da liberdade para se manifestar não dever ser sinônimo da possibilidade para ofender.

            Confrontos entre nações e cidadãos são comuns desde a criação da propriedade privada, pois – como diria Karl Marx - é aí que surgem as desigualdades entre os detentores e os que não possuem (bens).  Imposições de religião e crenças por meio de guerras e conquistas também foram muito comuns ao longo da História: o Império Romano e sua influência regional; as cruzadas e a expansão do Cristianismo, as grandes navegações e a catequização...

            A lista não para por aí e inovações não faltam: a partir da década de 1989, tem-se a criação da Al Qaeda e o surgimento das jihads (guerras santas). A liberdade de expressão tornou-se, então, uma conquista perigosa. Como exemplo há o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, imortalizado na memória de todos que souberam de seu acontecimento.  

            Atentados terroristas são motivos fortes o suficiente para se perceber que deve haver um limite para a liberdade de expressão. Quando há liberdade excessiva (e as pessoas abusam dela) começam a surgir discordâncias de opiniões. Problema maior é quando a opinião de um, torna-se uma ofensa para outro.

            Não é só com relação à alimentação que o jargão “tudo em excesso é prejudicial” é válido. Todos têm o direito à liberdade de expressão (que, aliás, está presente na Declaração dos Direitos Humanos), mas com ele surge uma responsabilidade: a de agir cautelosamente, sem insultar crenças e pontos de vista alheios. Acima de tudo, o bom senso deve regular uma sociedade democrática.