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Para se viver em uma sociedade equilibrada, onde é dado dada a todas as pessoas liberdade para ir e vir, de ter sua propriedade e outros direitos, é necessário haver limites nesses direitos. Com a liberdade de expressão não é diferente, a todos é dado esse direito, mas que haja parcimônia ao se expressar em público.

Guerras aconteceram e vidas foram perdidas para se conquistar uma sociedade mais justa. O lema que surgiu na revolução francesa composto por liberdade, igualdade e fraternidade tornou-se o pilar de muitas constituições ao redor do mundo. Na Constituição Federal Brasileira consta em seu artigo 5º que é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. Ou seja, todos têm esse direito, mas ele deve ser exercido de forma a não ferir a imagem, ou causar algum dano moral ou material a alguém. Recentemente o atentado ao Jornal Francês Chalie Hebdo, atacado por terroristas islâmicos, trouxe a à tona a discussão sobre até que ponto há liberdade de expressão.

O ataque foi uma forma de silenciar as publicações que ofendiam a imagem de Maomé. Declarar que o ato de matar as pessoas seria o direito de vingança, isso geraria mais violência. Mas será que ofender a liberdade de manifestação de professar a religião estaria correto? A sociedade usa a constituição, a lei, decretos e outras normas justamente para balizar os limites de cada cidadão no exercício de seus direitos, para evitar que o abuso não cause desavenças e intrigas.

No Brasil é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. Justamente por haver essa liberdade é necessário agir cautelosamente nas opiniões e expressões em público para que o espaço de outro não seja invadido pelo excesso de liberdade. Respeito aos direitos humanos, a à dignidade da pessoa humana, e a à inviolabilidade da liberdade de consciência e crença talvez sejam um norte para que publicações ofensivas como a do Chalie Hebdo não afetem religiosos e extremistas.