A ética como limite para a liberdade de expressão - Banco de redações

Recentemente correu pelo mundo a notícia dos atentados ocorridos ao Charlie Hebdo por fundamentalistas muçulmanos, provocando comoção de grande parte, trazendo à tona, inclusive, o debate sobre os limites da liberdade de expressão. Alguns acreditam que, apesar de se tratar de uma tragédia e o massacre não ser aceitável, não descarta deve ser descartada a parcela de culpa por parte dos chargistas; outros acreditam que foi um atentado contra a liberdade de expressão de um modo geral. Afinal, há limites para a liberdade de expressão?

A França, para os historiadores, foi palco de uma das maiores Revoluções, que afetou não somente o país, como também a Europa e o restante do mundo, fomentando outras revoluções. Tudo isso foi possível com a intervenção da imprensa, poderosa ferramenta da Idade Moderna até os dias atuais, conhecida como um dos pilares da democracia.

Diante disso, quais os limites da liberdade de expressão? Há uma ideia de que isso implica falar o que quiser, algo que tem sido feito pela imprensa. Entretanto não é bem assim, até por que porque liberdade e "libertinagem" não podem ser confundidos, justamente pelo fato de que a liberdade está implicitamente ligada a à responsabilidade, sobretudo a à ética. A ética, portanto, é um instrumento de estudo e compreensão de qual impacto será gerado com as palavras e ações, inclusive se elas ferem o direito do outro a ter uma ideologia diferente.

Com as informações apresentadas, é possível concluir que os limites da liberdade de expressão residem no outro, no direito que o outro tem a de pensar e ser diferente. É uma questão de respeito e humanidade. É importante o papel que a imprensa desempenha em questionar atitudes que ferem a ética, dentro de certos limites. Mesmo quando isso não ocorre, atentados como o que ocorreu no início de janeiro são inaceitáveis.