Até que ponto vai a liberdade de expressão? - Banco de redações

   Até que ponto vai a liberdade de expressão? Essa questão surgiu na cabeça de todos após o ataque ao semanário Charlie Hebdo no começo de janeiro. (,) Quando dois radicais islâmicos invadiram a sede do jornal e mataram 12 pessoas, entre eles chargistas, funcionários do jornal e policiais. A motivação seriam as charges que satirizam o profeta Maomé, (.) na religião islâmica não é permitida a retratação do profeta, de forma alguma. O ataque foi considerado um ato de terrorismo fundamentalista.

   Após os ataques, surgiu uma grande corrente de apoio de jornalistas, chargistas e também pessoas comuns no mundo todo, com o jargão “Je sui Charlie” em demonstração de solidariedade e defesa da liberdade de expressão. (,) Enquanto alguns questionaram o conteúdo do semanário, considerado ofensivo. 

    O jornal satírico de tiragem até então pequena, implica não só com o extremismo islâmico, mas também com o catolicismo conservador, a hierarquia judaica, políticos e culturas em geral. Se, por exemplo, uma dessas religiões não puder ser mais criticada, nenhuma outra poderá. Então, outros milhares de tipos de censura também vão surgir, pois uma religião engloba muita coisa, como pessoas, culturas, opiniões, etc. A liberdade de expressão desapareceria.

Portanto, é difícil definir limites para a liberdade de expressão, nem todos se ofendem com críticas, e outros se ofendem a ponto de cometer uma barbárie como o ataque ao Charlie Hebdo. A melhor forma é saber utilizar liberdade de expressão de acordo com o interesse (do) interlocutor, conhecendo os receptores das notícias que serão veiculadas. Usar a consciência, o bom censo e a sensibilidade de acordo com o público que receberá a informação. E entender que nunca haverá senso comum a cerca acerca de qualquer opinião, algumas pessoas vão concordar e outras não.