Mais de duzentos anos após a intrigante, marcante e sangrenta revolução que mudou a história do mundo e trouxe à tona o clamor de um povo sofredor dominado por um governo pretensioso e arrogante, os olhos do mundo se voltam novamente à França, desta vez, para acompanhar o desenrolar do caso tido como um atentado terrorista fundamentalista na sede da, mundialmente conhecida, revista Charlie Hobde Hebdo, em represália a suas publicações satíricas e ridicularizadoras com relação às crenças e princípios islâmicos; o que gerou reação dos seguidores do Islã.
Entretanto, como não apenas uma típica nação ocidental e de direita, mas, como uma das precursoras dos princípios de liberdade de expressão, a França não tem renunciado a tal direito, nem demonstrado intenção de fazê-lo, ainda que o mesmo pareça ferir a liberdade de outréns.
Ao que parece, a soberania do povo francês não se dá apenas sobre seu território e costumes, como também sobre outras culturas. A nação que se orgulha de ser um ícone em se tratando da conquista de direitos inalienáveis dos seres humanos, tais como a liberdade de pensamento e a igualdade, simplesmente aceita que determinados grupos de seus cidadãos considerem-se superiores para julgar credos e crenças de demais povos e nações.
O que se verifica aqui é que a liberdade de expressão sem limite tem um custo, já que pode atingir lugares, físicos ou não, nos quais a liberdade de outro é posta à prova. Certamente tal fato não justifica reação violenta como a manifestada pelos fundamentalistas islâmicos; ações como tal apenas contribuem para que se acentue o ódio e a intolerância.
Contudo, em um mundo globalizado onde as fronteiras espaciais e culturais tendem a desaparecer progressivamente, a preservação das relações sociais é, sem dúvida, o primordial.
O caminho para um relacionamento pacífico está na cooperação de ambas as partes e repousa, sobretudo, sobre o princípio de respeito e igualdade mútuo(,) embora não tenha sido visto isso nas bancas de jornais parisienses ultimamente... Pra onde foi a “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” tão defendidas por Rousseau e por milhões (de) outros franceses e que deveriam agir em conjunto para a consolidação de uma nação justa e exemplar? Talvez tenha restado apenas em nossos livros de História...
Comentários do corretor
Atenção à pontuação.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente e crítica.
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Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9 |
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