- Banco de redações

    A comunicação, no decorrer da história, sempre foi uma característica necessária e indispensável à convivência humana. Assim, a oralidade atendeu a tal anseio em diferentes épocas e o surgimento da escrita – que deu início à Idade Antiga- intensificou tal perspectiva. Atualmente, em pleno século XXI, a Revolução técnico-científico-informacional avança e se destaca com o desenvolvimento da Internet, que, regida por uma valorização populacional no que tange às redes sociais, possibilita a formação concomitante de consequências favoráveis e contrárias.

    Em uma primeira análise, é indiscutível afirmar o quanto as redes sociais são artifícios importantes para a difusão de informações. Desse modo, no que se refere à democracia, as redes sociais dão um passo marcante na medida em que são utilizadas para contestar problemas governamentais e fortalecer movimentos, como ocorreu com a Primavera Árabe e, em junho de 2013, com as manifestações no Brasil. Além disso, as campanhas publicitárias de conscientização social e voltadas para o bem-estar da população são difundidas rapidamente pelas redes sociais.

    No entanto, a Internet pode também trazer malefícios. A língua, por exemplo, é dinâmica e proporciona determinada visão social do falante devido ao seu modo de falar. Nesse sentido e de modo análogo, a Internet promove reconhecimento social na medida em que é usada, através das redes sociais, para exposição da vida pessoal, o que retira, muitas vezes, a privacidade e promove “status”. Com isso, a exclusão digital e o cyberbullying tornam-se presentes, já que, respectivamente, quem não tiver qualquer rede social é devidamente “excluído da sociedade” e tal meio pode ser usado para promover constrangimentos – que se alastram rapidamente- de outros indivíduos.

    Torna-se evidente, portanto, que as redes sociais, como resultado do avanço da comunicação, promovem consequências positivas e negativas. Para tanto, é necessário amenizar ou excluir os malefícios, instituindo limites. Assim, cabe ao governo criar órgãos específicos destinatários de denúncias de cyberbullying que tomem providências, incluindo multas ou prisões para os agentes do ato(dependendo do grau de constrangimento). Cabe à família e à escola ensinar às crianças os valores mais importantes da comunicação e do respeito ao outro, o que evitaria, quando participantes da vida digital, a exclusão e o cyberbullying. Só assim, usando a educação, essa será entendida, segundo Nelson Mandela, como a melhor arma para mudar o mundo.