Segundo o pensador iluminista John Locke, o povo tem o direito de se revoltar contra o governo caso os seus direitos não sejam atendidos. As manifestações de junho de 2013 são um retrato desse descontentamento com os caminhos tortos percorridos pela política brasileira. Questionar esse panorama, objetivando reformas nesse cenário, é primordial para promovermos uma mudança.
O ponto de partida se dará com o afastamento da corrupção do poder. Essa prática, infelizmente uma marca da política brasileira e pouco combatida, leva ao atual sentimento de falência das utopias pelo eleitor, que não se sente representado e acaba desacreditando no sistema. Dessa forma, percebe-se a necessidade de varrer esse mal, como dizia o ex-presidente Jânio Quadros, através de um Judiciário mais forte que investigue e puna os culpados.
Nesse sentido, a população dever ser parte integrante desse processo. Isso será conquistado por intermédio de consultas mais frequentes ao eleitor, com plebiscitos e referendo acerca das leis a serem aprovadas. Sendo assim, a população deixará de desempenhar o histórico papel de figurante na política, como na Independência do Brasil e na Proclamação da República, passando a ter uma atuação principal.
É imprescindível também mudar o financiamento privado das campanhas. Com o capital partindo principalmente de empresas, o político acaba perdendo a autonomia política, pois precisa atender aos que contribuirão com a sua eleição. Por essa razão, o dinheiro deve sair da esfera pública, essa era uma forma de quebrar o jogo das trocas de favores.
Logo, fazer uma nova política que preze pelos direitos do cidadão torna-se importante. Nessa perspectiva, a transformação parte, primeiramente, do eleitor através da escolha correta dos que contribuirão com a reforma na política brasileira. Continuar a revolta, defendida por Locke, iniciada nas manifestações do ano passado dará a garantia da efetivação dos nossos direitos.
Comentários do corretor
Bom texto! Analisa o tema proposto de forma clara, objetiva, bem elaborada e crítica. Domínio satisfatório da norma padrão escrita.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 2.0 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
| NOTA FINAL: | 9 | |
| Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |