Desordem e Retrocesso - Banco de redações

Os meses de Junho e Julho de 2013, foram marcados por milhões de brasileiros nas ruas, em busca de novos ideais; melhores condições de vida. De início, contra o aumento das tarifas de transportes públicos. Porém, por trás de qualquer motivação, lá estava ela: uma reforma política, que vem sido sendo postergada a há anos.

O fim da Ditadura Militar, eventualmente ocorrida entre 1964 e 1985(21 anos), acarretou uma grande mobilização popular, induzindo o governo à aprovação da atual Constituição Federal, em 1988; ocasionando o período democrático mais longo da história política do Brasil. O governo Federal, sinaliza decadência, tendo visto que a proposta de uma possível reforma, surgiu antes mesmo que pudesse existir a Constituição em vigência.

A política é o setor que atua como o 'alicerce' para que os demais setores sejam sustentados; para que funcionem em consenso. Ou seja, ela funciona como a base fundamental que progride (ou não) a educação, saúde, economia, entretenimento e lazer, etc. Um bom exemplo disso seria a tripartição dos poderes estatais-proposta pelo iluminista Montesquieu no séc. XVII-foi concebida para ser posta em prática, de forma que cada poder (Legislativo, Judiciário e Executivo), trabalhe em equilibrada harmonia. Muitas vezes, esse zelo é quebrado com o abuso de poder e extrapolação do mesmo.

Dados levantados pelo Núcleo de Assessoramento Técnico da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, estimam a concordância entre os parlamentares, à a necessidade de uma estudada e profunda mudança na política. Mas existe também, um descontrole e imprudência em cima de temas polêmicos que já foram debatidos diversas vezes e nada praticados, nem sequer, tentados, ou quem sabe até ignorados? Por isso, não há acordos, nem decretos; e a população sabe quando e como intervir.

O plebiscito popular, que almeja uma Constituinte Exclusiva e Soberana pela Reforma Política, é uma iniciativa da Plenária Nacional dos Movimentos Populares. Questão deveria partir do Congresso Nacional. E mais uma vez... a população é quem toma as rédeas.

Se tratando de política, a reação coletiva, é em muitas vezes, de descaso. E por esse mesmo motivo, o cidadão termina por votar sem bom senso.Com efeito nisso, a corrupção eleitoral segue em marcha. Vivemos num país emergente, mas isso não impede que gastemos milhões em eleições, nem que sejamos o maior consumidor delas (segundo pesquisas). Não importa de onde vem a fonte dessa informação; importa que já estamos cansados e cientes de quanto fazemos mal a nós mesmos, a esperar iniciativas e mudanças de um governo ao qual somos independentes. No entanto, esse mesmo governo, ao passo de ser individualista, ao que aprece parece demonstrar, é também o grande dependente do povo.

Uma República 'democrática’, onde patriotismo é levado à mais pura ignorância Hino Nacional é um símbolo de esperança que leva à hipocrisia. O cidadão clama apenas, por prática, que seja feito o que se é dito. Por natureza, possui direitos e deveres. Ele cumpre os deveres, e não tem direito aos direitos?