Reforma política: mudanças precisas - Banco de redações

    Segundo John Locke, para garantir que todos os indivíduos usufruíssem seus direitos, o homem criou o governo, assim, estabeleceu-se uma relação entre governante e governados. Atualmente, no entanto, tal relação está cada vez mais dizimada, na medida em que discussões acerca dos sistemas eleitorais, financiamentos de campanha e, principalmente, do voto facultativo, avançam. Por isso, há propostas de reforma política, as quais contemplam melhorias no sistema político e, por conseguinte, mais benefícios a toda a população. Reforma, essa, que precisa ser avaliada.

    De uma maneira mais pragmática, é possível perceber muitos defeitos da política no Brasil e seus consequentes impactos na sociedade. É perceptível que os sistemas eleitorais trazem à tona questionamentos, principalmente no Brasil, o qual possui um sistema proporcional de lista aberta, isto é, há várias coligações com as quais os candidatos podem se filiar e, por elas serem eleitos de acordo com a ordem de votação. Nesse aspecto, outros sistemas são propostos assim como, a questão do financiamento eleitoral e partidário, que instiga a corrupção e as injustiças.

    Nesse contexto, uma reforma política debelaria - ou ao menos atenuaria - muitos desses aspectos. É claro que tal reforma não seria a solução de todos os problemas do Brasil, mas que, de fato, aniquilaria muitos casos de corrupção, principalmente no que se diz respeito ao financiamento que os candidatos fazem, desviando, muitas vezes, o dinheiro público. Além disso, uma reforma ligada ao voto facultativo – proposta que muitos críticos defendem e que geram muitas manifestações - não traria, em geral, benefícios sociais, uma vez que muitas pessoas deixariam de votar e, por conseguinte, o sistema democrático de direito que o Brasil possui seria afetado. Por isso, o modo eleitoral do país deve ser alterado no aspecto de uma maior representação popular, que favoreça uma maior igualdade e diversidade no cenário político.

    Infere-se, portanto, que uma reforma política no Brasil traria benefícios, não só nos aspectos políticos, como também, sociais. Para tanto, torna-se evidente a necessidade, por parte da reforma, de uma fiscalização eminente com relação à corrupção e aos financiamentos dos políticos, para que esses possam fazê-los de maneira correta, sem desviar dinheiro público. Ademais, deve-se haver um controle social amplo do Estado para conter manifestações e, por fim, é necessária a criação de plebiscitos, que possam ouvir a população e trazer a essa uma maior igualdade. Só assim, concretizar-se-á, de fato, a ideia de Locke.