Política brasileira: evidentes contradições - Banco de redações

    Durante a República Velha no Brasil, uma característica de tal período se tornou um marco para representá-la: o coronelismo. Esse remete ao voto de cabresto, no qual as fraudes eleitorais associadas à grande influência dos coronéis permitiram a criação de um cenário inverso à vontade da maioria da população, para a qual o direito ao voto era restringido. Atualmente, no entanto, novas formas de garantir a democracia são postas em prática, como a reforma política, que, mesmo assim, precisa ser modificada.

    Em uma primeira análise, é necessário analisar que o sistema eleitoral brasileiro sofreu muitas transformações até chegar ao resultado atual. O direito ao voto pelas mulheres, por exemplo, foi atingido apenas em 1932, durante o governo do presidente Getúlio Vargas. Ademais, o voto facultativo aos dezesseis anos e a maior segurança nos processos eleitorais, impedindo, desse modo, fraudes, foram alcançados com o passar do tempo. Nesse contexto, percebe-se, portanto, que, em tais pontos, as reformas políticas foram bem-sucedidas.  

    Apesar disso, muitos entraves são perceptíveis na política brasileira, entre os quais, dois precisam ser analisados. Nos anos de eleição, o sistema político se baseia nos altos investimentos para as campanhas eleitorais, o que, muitas vezes, propicia a corrupção entre os diferentes partidos, já que os candidatos à reeleição, principalmente, “acumulam” dinheiro público, através, por exemplo, do superfaturamento de obras. Além disso, é marcante a diferença entre representantes dos sexos masculino e feminino no Congresso Nacional, já que aqueles é são maioria.

    Torna-se evidente, portanto, que, apesar das grandes melhorias no sistema político, ainda devem ser feitas reformas políticas. Para isso, é necessário que o Governo Federal investigue, em período de eleição, a vinda do dinheiro usado pelos partidos para as campanhas eleitorais em cada estado, havendo a suspensão do candidato corrupto à eleição. Ademais, leis que visem uma maior destinação de vagas para ocupação de mulheres no Congresso Nacional devem ser criadas. Só assim, poderemos, realmente, evitar pequenas marcas do coronelismo.