As vozes da revolução - Banco de redações

Ao longo da evolução humana, pudemos analisar as diversas transformações nos sistemas políticos e de percepção da sociedade em relação ao meio. Muitas coisas mudaram. Foi assim na Grécia, berço da democracia. O mesmo ocorreu na Revolução Francesa, com a aprovação dos direitos do homem e do cidadão e no Brasil, através da extinção do voto indireto, com o fim da ditadura.

Em grande parte dessas mudanças, a força do poder popular foi crucial para instituir um modelo político justo e efetivo. Como a célebre frase “o poder emana do povo” enfatiza, não é possível haver democracia quando o poder vem do laço político. Os governantes são apenas representantes eleitos para governar em favor do povo, sendo apenas funcionários da nação. No entanto, a realidade é bem diferente. Visando reverter esse quadro, a sociedade deve intervir, urgentemente, nas decisões de ordem pública de maneira direta. Como prova fiel de democracia, é direito dos cidadãos, participar das votações no plenário, seja por meio de plebiscitos ou através da internet. Como parte integrante do governo, cabe ao povo, aceitar ou não as condições propostas pelos eleitos.

Outro fator de importante destaque, está na questão de conscientização pública. Não há como exigir mudanças, quando os representantes, que descumprem propostas de campanha são eleitos. O mesmo serve para os votos brancos ou nulos, bases para protestos individuais, condutas lamentáveis, que servem para anular a democracia. São meios de destruir anos de dedicação e luta social. Exercer democracia é um caráter formidável, a fim de evitar o regresso de políticas absolutistas e ditatoriais, que marcaram épocas e causam marcas permanentes em diversas populações.

Em linhas gerais, é preciso reforçar os diretos civis e expor as mazelas da sociedade. Seja nas urnas ou nas ruas, é indiscutível a necessidade de impor as vozes da mudança. Há tempos, víamos os generais tomando o poder e regendo os instrumentos públicos de maneira repressora e individualista. Agora é a vez do povo. Chegou o momento de exercer seu poder, a fim de articular mudanças efetivas. É a oportunidade que resta para controlar as poderosas resistências políticas, as quais impedem a execução de direitos e deveres fundamentais em prol da coletividade.