Reencontrar o Tesouro - Banco de redações

Tales de Mileto constatou: a água é o princípio de todas as coisas, de fato sua importância e presença são indiscutíveis. Porém, o que hoje se observa é um cenário que parece desconsiderar tais constatações implicando desafios de ordem econômica e ambiental quanto a à distribuição, gerenciamento e preservação desse recurso. Mudar, portanto, é indispensável.

Antes de tudo deve-se perceber a distribuição hídrica como o mais complexo dilema. Tendo uma explicação que começa na geografia física, se observa um processo de intensificação da desigualdade de acesso à água por questões econômicas e de dominação geopolítica que estão construindo um cenário de atritos preocupantes e emblemáticos.

Além de tal contexto, é preciso considerar que a falta de saneamento básico desafia a existência de tal recurso. Percebe-se a necessidade de estimular simultaneidade entre investimentos em tratamento de água e sua distribuição adequada. Assim, a sua preservação torna-se mais facilmente viabilizada.

Ainda, endêmico, o desperdício de recursos hídricos constitui outro grande desafio. Sua incidência se dá tanto no uso doméstico como da própria distribuição que, com falhas nas encanações, medições e desvios, agravam e retardam a solução para o problema.

Portanto, a atuação de tantos fatores e o jogo de interesses internacionalmente compartilhados refletem a necessidade de mudança de hábitos individuais e coletivos. Para tanto, o processo de conscientização individual auxiliado pela mídia e educação, juntamente com uma busca rotineira de órgãos internacionais por uma cooperação maior entre os países no que tange a à distribuição e compartilhamento de experiências que visam o alcance do uso racional e preservação da água são determinantes para o futuro da humanidade e decisivos para evitar, como apontado por um relatório feito pelo Banco Mundial(,) a ocorrência de grandes conflitos.