Antes que a sociedade contemporânea fizesse asserções sobre a importância da água, as primeiras grandes civilizações humanas já se remetiam a esse líquido com uma condição de “sine qua non”, expressão derivada do latim, na qual significa indispensável e essencial. O desafio do uso racional e da preservação dos recursos hídricos, no entanto, vem sendo afetado tanto pela ação antrópica em mananciais, quanto pelas características geoclimáticas de cada região.
Sancionada em 1997, a Lei das Águas, estabeleceu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), possuindo como principal objetivo a preservação da camada hidrosférica. O meio técnico- científico- informacional, contudo, trouxe uma cultura baseada no “utilitarismo pragmático”. Indústrias e pólos petroquímicos, juntamente com o interesse capitalista do homem, poluem com dejetos tóxicos os mananciais subterrâneos e superficiais. Em meio a esse problema, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 80% das águas residuais não são tratadas e resultam em problemas de saúde à população.
Graciliano Ramos, escritor brasileiro do século XX, no livro Vidas Secas, já narrava um dos sérios problemas socioambientais do Brasil: A falta de água. As características morfoclimáticas de cada localidade e a consequente mudança da vazão dos rios afetam a distribuição hídrica do País. A escassez de água no estado de São Paulo, no Sistema Cantareira é, em parte, ocasionada pela diminuta precipitação chuvosa no verão, que abastece as cabeceiras dos rios, e pelo uso irracional desse bem natural.
É imprescindível, portanto, a ampliação de projetos que permitam um melhor gerenciamento dos recursos hídricos, como a Lei Estadual dos Mananciais, no Estado de São Paulo, a qual possui como fim a garantia do abastecimento de gerações atuais e futuras. Cabe, ainda, a à iniciativa privada e estatal(,) para a interrupção de processos poluidores e para a criação de novas maneiras de captação e purificação da água, por meio de tecnologias, como a dessalinização e a desmineralização. Só assim, o Brasil poderá assumir uma posição de país inovador e comparar-se ao Japão(,) que trata os fluidos provenientes de esgotos para serem reutilizados novamente.
Comentários do corretor
Atenção à pontuação, ao uso devido de preposições, à crase e à grafia correta das palavras.
Bom texto. Aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, crítica e bem elaborada.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |