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“Terra, planeta água.” A música de Guilherme Arantes evidencia a abundância hídrica no mundo. Todavia, a água doce e potável é uma parte mínima desta riqueza. E a falsa sensação de fartura, principalmente no Brasil, leva à imundície de rios e lagos e ao desperdício.

                A poluição é uma das maiores ameaças à disponibilidade de água. São poucas as cidades brasileiras que realizam o tratamento de seu esgoto. Ainda, tal descuido com o despejo dos dejetos faz com que a população não perceba a diferença que atitudes individuais – como evitar descartar óleo de cozinha pelo ralo, não desfazer-se de objetos lançando-os em rios já sujos ou, até mesmo, não jogar lixo na rua – fazem.

                Também por falta de atenção, ocorre a perda desnecessária desse líquido. Ações simples que não recebem a devida importância das pessoas são grandes vilãs da preservação dos recursos hídricos. Por exemplo, em banhos longos, litros de água limpa e uma grande quantidade de energia – que no Brasil é gerada, em sua maior parte, por hidrelétricas – são desperdiçados.                       

                Torna-se claro que comportamentos argueiros, em longo prazo, podem causar a escassez dos recursos hídricos. Para evitar tal situação, pesquisas por um tratamento de esgoto acessível e prático que seja implantado diretamente nos lares, podem ser realizadas pelas universidades, com o financiamento do CNPq. Desta forma, as “águas que banham aldeias e matam a sede da população”, como diz a canção, serão preservadas para as gerações futuras.