Desde antes mesmo da existência do homem à nossa imagem, quando nossos ancestrais “Homo” estavam há milhões de anos até se tornar “Homo Sapiens”, as sociedades instalavam-se próximas às margens dos rios. No mundo moderno, devido ao sistema de distribuição, essa deixou de ser a maior preocupação. Entretanto, com a contemporaneidade, um novo problema surge: a negligência perante o cuidado e o uso indiscriminado da água. Tal descompromisso é evidente, seja por gastos pessoais excessivos, seja por contaminações.
Em países tropicais, como o Brasil, essa banalização é ainda mais acentuada, uma vez que suas consequências não são tão presentes no cotidiano de grandes cidades. Isso, porém, até o recente episódio de crise de abastecimento em São Paulo. Por outro lado, o cidadão europeu sente diretamente esse impacto, relacionado à economia, tanto no preço de águas engarrafadas quanto em contas domésticas. Nesse sentido, por ainda não ser afetado de tal maneira, o brasileiro adere aos banhos longos e a lavar seu carro com mangueira, casos perceptíveis de desperdício. Por conseguinte, a conjuntura de escassez da água intensifica-se ainda mais e as metrópoles brasileiras passam a sentir suas decorrências consequências.
No entanto, essa responsabilidade não se deve apenas à sociedade civil, visto que grandes agroindústrias, com o uso irregular e irrestrito de fertilizantes, atingem a água de maneira mais nociva. Ao se infiltrarem no solo ou irem para a correnteza de um rio próximo, os produtos químicos contaminam lençóis freáticos, podendo chegar até mesmo às nascentes. Assim, além de tornar a água impotável não potável, diminuem a biodiversidade, por meio de sua acumulação em seres vivos, por magnificação trófica, levando-os à morte.
Portanto, evidencia-se que, mais do que disputas territoriais, tal como nas formações das primeiras civilizações, o problema contemporâneo que envolve a água é intrinsecamente intrínsicamente relacionado à existência de um futuro propício ao homem. Caso a negligência se perpetue, tornar-se-ão elevados os níveis de carestia e miséria populacional. Para reverter o quadro atual, os governos locais, em parceria com ONGs, devem divulgar campanhas que exponham os riscos da continuidade do uso indevido, assim como devem criar uma cartilha com ideias sustentáveis, a fim de reeducar ecologicamente a população. Ademais, a fiscalização industrial deve ser mais rígida e, por se tratar de um problema global, a ONU deveria intervir e intensificá-la, por meio de seus agentes, visando à segurança sustentável internacional.
Comentários do corretor
Atenção à grafia correta das palavras.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva e coerente com as ideias defendidas.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 7.5 |
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