A água da vida - Banco de redações

     A água é um bem tão imprescindível, que Tales de Mileto em tempos antigos teve a conclusão de que a vida nascera dela, tamanha sua importância. Hoje, esse patrimônio é usado de forma indiscriminada pela sociedade gerando algumas preocupações, justamente porque, apesar de sermos o planeta da água, pequena fração de sua totalidade é potável, sendo natural pensar no que o nosso país faz para amenizar a falta d’água e como podemos evitar que ela se esgote.

    Primeiro, devemos destacar que a importância desse líquido precioso abrange uma enorme parcela de nosso cotidiano pelo fato de estar presente em quase tudo o que fazemos, e sua falta, gera uma impossibilidade de realizar as tarefas mais indispensáveis - banho, alimentação, higiene, entre outros-. E é justamente pela falta da água, que o governo brasileiro já iniciou em vagarosos passos, o projeto de Transposição do Rio São Francisco, cuja meta principal é desviar a rota do Velho Chico em alguns pontos para que a água chegue a pontos remotos da região nordeste, local onde o abastecimento hídrico é baixo ou quase que inexistente, ou seja, uma tentativa de distribuição para que a população do agreste receba pelo menos o mínimo para a sobrevivência.

    Entretanto, onde se tem relativamente um razoável contingente de água há muito desperdício, fruto da irresponsabilidade humana de achar que água potável é algo que se possa ter para o resto da vida, ou seja, algo inesgotável. Muito se gasta e pouco se cuida, e a resposta para o fim de tanto gasto desnecessário não é difícil a ponto de não alcançarmos, basta ser criada a consciência dentro de cada um para que vejamos que toda a nossa água pode sim ser reutilizada, para que não joguemos pelo ralo um bem tão precioso que fará uma diferença significativa -se presente em bom estado- para as futuras gerações.

    Portanto, se não concordamos que a vida vem da água como dizia Tales, ao menos devemos ser cônscios de que ela é o pilar principal da existência humana, onde de modo que se deve manter uma constante preservação fazendo um uso racional de um bem, que se mal cuidado, afetará as próximas gerações. Seja fazendo pouco ou bastante, seja no nordeste ou em qualquer outra parte desse solo tupiniquim, cabe a cada um cuidar de sua água, ou em outras palavras, cuidar e zelar pela própria vida.