A igualdade que queremos - Banco de redações

           Exclusão social. Miséria. Marginalização. São algumas das características que vemos em diversos países subdesenvolvidos. E o Brasil não se exclui dessa lista, apresentando grande índice de desigualdades, nos campos e nas cidades urbanizadas*. Muito se fala sobre esse problema e quais as medidas que devem ser tomadas para solucioná-lo. Todo problema possui uma raiz, portanto devemos achar a da desigualdade.

        A diferença entre classes no Brasil tem seu início na época em que este ainda era uma colônia. A hierarquia e os status provenientes da aristocracia de Portugal permitiu permitiram que diversos pedaços de terra fossem distribuídos em capitanias hereditárias. Desse modo, o pontapé inicial para separar o rico do pobre foi dado a partir do momento em que muitas terras foram concentradas nas mãos de poucos proprietários. Isso se refletiu posteriormente, na época em que a escravidão foi abolida e os senhores de engenho, para não perder suas riquezas, transicionaram esses valores para as propriedades de terra.

      Ainda nesse sentido, o Estado -desde a época de Vargas, JK e Ditadura- teve sua parcela de culpa ao não fazer uma distribuição igualitária de terras, além de atrasar as reivindicações dos movimentos sociais que estavam surgindo, atendendo diretamente os interesses da elite agrária. Essa situação poderia ter sido modificada ainda naqueles tempos através de uma reforma agrária efetiva, onde que possibilitaria a maior distribuição de terras, gerando o aumento da produção, do número de empregos e assim aumentando o mercado interno. Ademais, o Estado diminuiria seus gastos com programas assistencialistas, provendo lucros que poderiam ser utilizados para equalizar a sociedade.

     Outro fator importante é a educação. Esta é a base para o desenvolvimento de qualquer país. Indivíduos providos de cultura se transformam em cidadãos conscientes, que por sua vez possuem discernimento para eleger melhores políticos e assim podem trabalhar na construção de uma nação mais igualitária. Além disso, o investimento em educação possibilita a formação de profissionais qualificados e inclusos adequadamente em nossa sociedade.

    Portanto, percebemos que a desigualdade social é um problema que perdura em nosso país, com suas raízes nos tempos em que o Brasil ainda era uma colônia. Apesar de não termos resolvido essa incógnita, felizmente ela possui soluções, como por exemplo, o investimento na educação partindo do estado, juntamente com a iniciativa privada. Ademais, uma reforma agrária eficiente, onde os assentados não dependam totalmente do Estado e assim possibilite a inclusão social da população rural.