Equidade - Banco de redações

Segundo o filósofo grego Aristóteles, “devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade”. Assim, a partir da década de 70 várias ONG’s e programas governamentais foram criados a fim de combater a desigualdade social. Porém, os defensores dessa ideia se esquecem de que agir nos sintomas do problema não é solução. É preciso atacar as raízes desse cenário de diferença e melhorarmos as ações já existentes para superarmos esse grande desafio.

É válido apontarmos que tal situação é causada, principalmente, pela má distribuição de renda que sempre houve nas sociedades, seja no sistema de castas ou de classes. Afinal, enquanto crianças fazem malabarismo no semáforo, homens como Bill Gates ganham dinheiro mesmo dormindo. Dessa forma, surgi surgem dois mundos(,) um para os favorecidos financeiramente(,) com todos os sonhos possíveis(,) e outro no qual o cidadão cresce sem perspectiva de vida e é isentado até mesmo dos direitos básicos.

Além disso, é importante observarmos que as famílias estão criando suas crianças afastadas de valores fundamentais para a vida em sociedade como, por exemplo, a amizade, o respeito e o amor ao próximo. Assim, o individuo torna-se egoísta e preconceituoso com o que julga ser diferente, adotando para si o ditado “cada um por si e Deus por todos”. Nesse sentido, entra a escola com o dever de mudar essa ideia colocando todas as diferenças para se relacionarem a fim de não haver “olhares tortos”.

Percebemos ainda que as medidas afirmativas estão contribuindo para esse cenário de desigualdade. Afinal, (ao)  invés de cumprirem seu objetivo(,) que é promover a justiça social de um grupo socialmente marginalizado, essas ações estão na maioria das vezes acostumando os beneficiados a sobreviver em um estado mínimo de dignidade. Prova disso é vista no Brasil, no qual há inúmeros programas governamentais, mas o índice de analfabetismo é alto e as cidades ainda sofrem com superlotação de mendigos.     

Fica claro, portanto, que apesar de haver vários obstáculos é possível vencer esse problema. Nesse sentido, cabe à mídia entrar como o quarto poder do país evidenciando a falha e as consequências das medidas afirmativas. Além disso, igreja e escola poderiam alertar as famílias sobre a ausência de valores na criação de suas crianças. Talvez, assim, aplicando o princípio da equidade – dá a cada um o que é merecido – possamos viver num mundo com a aparentemente perdida igualdade.