Os dentes afiados da Desigualdade - Banco de redações

   Educação de qualidade, bom emprego, salários dignos, pessoas qualificadas, viagens, casa própria, dentre outras coisas. Quem não gostaria de gozar de tais privilégios ao invés de ter preocupações com o dinheiro no fim do mês para pagar contas¿ Seria muito bom poder contar com uma sociedade igualitária, cujo estado reconhecesse que cada pessoa é importante para o sucesso. Em alguns países isso é uma realidade, porém, especificamente no Brasil tais regalias parecem distantes.

   Nas atuais condições em que vivemos onde “um negro rico torna-se branco e um branco pobre torna-se negro” é notório que a desigualdade impera e não parece obter uma cura para isso, a menos que fosse mostrada uma efetiva e enérgica solução por parte não só dos que estão no topo da pirâmide, como também dos que estão na base. Pois são justamente os que estão na base que fazem a verdadeira diferença, demonstrando isso com votos conscientes e não contribuindo para o abismo entre “pobres” e “ricos”.
   Além disso, o povo em sua maioria acaba entrando em uma zona de conforto acreditando que não há soluções para haver uma sociedade melhor e com mais igualdade. O que contribui negativamente para o aumento no mundo do crime, levando tais pessoas a acreditar que é muito mais fácil e melhor esse caminho do que estudar e galgar até uma classe “superior” (,) e assim ceifam-se vidas.
   Indubitavelmente, outra problemática que agrava de forma abissal a desigualdade é a falta de investimentos em educação de qualidade, que deveria ocorrer desde os primórdios para que fossem formados cidadãos desde criança, pois como Nelson Mandela disse: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”.
   Contudo, se medidas socioeducativas forem adotadas desde cedo em escolas, através de teatros, palestras e gincanas, seria um excelente começo. Não apenas isso, mas investir também na qualificação das pessoas para lhes render um diferencial, visto que no “país do futebol” há bastante mão de obra que carece de qualificação. Além disso, o sistema carcerário deveria se preocupar em “regenerar” para que as mesmas os detentos pudessem voltar para o âmbito social e conseguir um emprego bom. Logo, é possível escapar dos afiados dentes da desigualdade se houver um trabalho em conjunto visando uma boa educação e o bem comum da sociedade.