Sanar as plurais desigualdades existentes no Brasil trata-se de é um desafio, um processo paulatino e constante. O problema é que muitos não têm paciência suficiente para esperar e lidar com a lentidão com que vêm caminhando essas soluções.
Não há como negar que a conjuntura histórica de formação do Brasil não contribuiu para o lamentável quadro das desigualdades. Isso mesmo, desigualdades, no plural. A mentalidade capitalista é tão presente na rotina da população que permite, de maneira errônea, alegar que a desigualdade social resume-se apenas às desigualdades econômicas presentes no país. O que esperar de uma sociedade fruto da influência de uma igreja corrupta, pregadora de dogmas e verdades por vezes absurdas, oriunda de um continente que se diz civilizado, e barbarizou o mundo inteiro?
Os europeus desde sempre menosprezaram e, sempre que “necessário”, massacravam povos de culturas divergentes. Essa intolerância é também uma herança negativa que o povo brasileiro absorveu, e, por isso, até hoje discrimina, violenta, e critica o que é diferente. Mulheres, homo afetivos, negros, religiões não cristãs, são algumas “minorias-alvo” da hostilidade de uma sociedade conservadora, de mentalidade hostil e retrógrada. Há um avanço significativo a respeito da postura do Estado frente a certos tipos de manifestações preconceituosas, mas o problema é que punir não é a melhor das saídas.
Outro grande desafio a ser enfrentado é o de sanar a desigualdade econômica nacional. O Brasil por si só, pela sua extensão e também pelo processo histórico é distinto. Basta analisar as cinco regiões e concluir que há desigualdades bem visíveis. O abismo existente entre pobres e ricos está longe de acabar. As políticas assistencialistas têm remediado um pouco essa chaga, bem como a criação de empregos em virtude do crescimento econômico e do desenvolvimento do país, mas tudo isso ainda é insuficiente e o processo caminha lentamente.
Por que não cobrar impostos proporcionais aos ganhos de cada um? Será que o valor pago às famílias assistidas pelos programas governamentais é suficiente? A população é consciente e dispões de uma educação crítica o suficiente para entender que o respeito às diferenças é essencial? Questionamentos retóricos que revelam que o Estado tem muito a fazer para sanar a pluralidade das desigualdades.
Comentários do corretor
Atenção à pontuação e à grafia correta das ideias.
Bom texto! Explora o tema proposto de forma clara, objetiva e crítica. No entanto a coletânea poderia ter sido melhor utilizada, usando fatos atuais para ilustrar o problema tratado.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |