Justiça por meio da Igualdade - Banco de redações

A desigualdade social; (,) tão comum em diversos países, - emergentes, subdesenvolvidos ou até mesmo desenvolvidos; - vem sendo discutida com cada vez mais frequência nos bancos das universidades, nos palcos, emissoras de televisão, plenários legislativos, entre outros; demonstrando que se trata de uma preocupação de toda a sociedade, não só do segmento mais afetado. Isso porque esse grave problema social traz consigo nefastas consequências para a coletividade, direta ou indiretamente, e não há até o presente momento uma solução definitiva aplicável a toda e qualquer sociedade.

Como dito, além dos efeitos indiretos; (,) tais como: recrudescimento da violência, fome, miséria, analfabetismo; temos que ressaltar aquilo que diretamente resultou da desigualdade social, ou seja, a injustiça quanto à distribuição de oportunidades para os cidadãos, fato que é combatido expressamente por nossa Constituição Federal de 1998 1988. Ademais, tratar com desigualdade pessoas iguais perante a lei afeta a meritocracia, fundamento basilar de uma democracia representativa e objetivo do sistema econômico mais difundido na atualidade – o capitalismo. Isto é, o mesmo sistema que favorece o aumento da desigualdade é atingido indiretamente, uma vez que, o prêmio pelo mérito não se baseia, como deveria, simplesmente no mérito; mas, sim em outros fatores como as oportunidades diferentes que são dadas à população.

Tem-se colocado como uma possível solução o aumento da carga tributária sobre a pequena parcela mais afortunada da sociedade. Não se pode negar que o principal modo de redistribuir a renda é através dos tributos, baseados sempre na capacidade contributiva de cada cidadão. Entretanto, deve-se respeitar um determinado ponto de equilíbrio, qual seja, a real condição contributiva de cada um, calculada de acordo com o rendimento, ressalvadas as deduções, e o valor justo a ser destinado à comunidade por meio da carga tributária. Isso se justifica devido à própria finalidade do Estado como promotor de justiça, e não como o responsável pelo confisco arbitrário de bens de seu povo; pois, da mesma forma, estaria ofendendo a meritocracia, retirando daqueles que se esforçaram, criaram mais e que de alguma forma promoveram o bem social, os louros da vitória representados pelo lucro justo, bem como pela segurança e independência econômica adquirida.

Dessa forma, percebemos que a desigualdade deve ser incansavelmente combatida, como forma de promover a almejada justiça. Apesar disso, as medidas adotadas para mitigar esse grave problema social não podem pôr em risco a segurança nacional e a coesão de uma sociedade que ao longo dos anos elegeu o capitalismo como sistema econômico e a democracia representativa como sistema político. Assim, devemos esperar mudanças que nem sempre serão drásticas ou revolucionárias, mas, por vezes, paulatinas, eficazes e, sobretudo, permanentes; já que se pensar em uma igualdade total ainda é uma idealização.