As desigualdades sempre marcaram a história das sociedades humanas nos mais diversos âmbitos,atingindo todos os países do mundo,estando relacionadas, na maioria dos casos, às formas de poder caracterizadas sobretudo, pela opulência de alguns alicerçada na miséria da maioria.
Não é possível determinar com exatidão o momento em que as desigualdades surgiram,mas ,sem dúvidas, o estabelecimento da propriedade privada e o advento do capitalismo-nos quais o coletivismo substituiu o individualismo*-constituíram fatores determinantes.
Os países desenvolvidos(,) mesmo apresentando desigualdades,diferem das observadas nos subdesenvolvidos no sentido de que naqueles a desigualdade não está associada à miséria.Nesse sentido,o nível de desigualdade pode ser usado como critério para se analisar determinado local,no caso do Brasil,a origem das desigualdades remonta à chegada dos portugueses.A sociedade brasileira era e continua sendo altamente estratificada,econômica,social e racialmente. Nela as diferenças entre a classe pobre e a elite são enormes,a começar pela distribuição de renda e o consequente poder aquisitivo,pelo acesso a meios de subsistência básicos: moradia,transporte, saneamento,saúde,educação,eletricidade e água potável.
Se um país possui uma alta taxa de disparidade entre seus indivíduos,consequências como o desemprego,conflitos civis,fome e aumento da criminalidade serão comuns.Isso ajuda a entender o porquê de o Brasil,mesmo sendo uma das maiores potências econômicas do planeta(,) possuir tantas problemáticas.
O atual sistema econômico criou barreiras praticamente intransponíveis para o combate das diferenças,uma vez que sua existência só é possível se houver desigualdade.
Em uma sociedade na qual o comando é feito pela classe detentora do poder e cujo poder é determinado pelo capital possuído,a tendência é a classe mais pobre permanecer a à mercê dos interesses da elite,perpetuando assim as desigualdades.
Nesse cenário,uma mudança de fato só ocorrerá com uma intensa reforma política,calcada na democratização dos recursos sociais aliada a uma maior participação popular no debate sobre os verdadeiros desafios que afligem a sociedade brasileira.
Comentários do corretor
* Não seria o contrário? O individualismo substituiu o coletivismo?
Atenção ao uso da crase, à pontuação e à coerência das ideias.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva e crítica. Atenção apenas ao bom aproveitamento das informações dispostas na coletânea e à coerência e coesão das ideias.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.0 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.0 |
| NOTA FINAL: | 7.5 | |
| Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |