O surgimento da internet, no final do século XX, significou uma grande revolução nos meios de comunicação e um grande passo para o desenvolvimento tecnológico subsequente. Entretanto, o que não se previa inicialmente, era um debate sobre a regulamentação de um conjunto de leis específicas (Marco Civil da Internet) para o seu uso, ferramenta que representaria um avanço na segurança do usuário, inclusão digital e um funcionamento melhor desse veículo de comunicação.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar os princípios dessas leis. A privacidade, por exemplo, seria contemplada, já que os cidadãos teriam mais segurança no armazenamento de seus dados pessoais e a punição aos usuários mal-intencionados seria mais assídua. Sendo assim, as brechas deixadas pela Constituição Brasileira, criada antes da internet, seriam suplantadas por uma legislação própria e autêntica.
Ademais, outro ponto de fundamental importância é a manutenção da neutralidade, uma obrigação das agências reguladoras em proporcionar a mesma velocidade de conexão à rede, independentemente das páginas eletrônicas visitadas pelos usuários. Sem um registro próprio, esses serviços caem em descrédito e geram, atualmente, desigualdades na busca da inclusão tecnológica, uma vez que ficam restritos a cidadãos com boas condições financeiras e capazes de aproveitarem todos os recursos da rede por meio de planos. Assim como Diderot e D’Alembert redigiram a Enciclopédia do Iluminismo, no século XVIII, precisa-se, no contexto atual, registrar o Marco Civil da Internet.
Posto isso, a criação da internet, na década de 90, mostrou-se como uma grande conquista na busca pelo desenvolvimento tecnológico e pode representar um amadurecimento na inclusão digital, se o Marco Civil for aprovado. Assim, a redução dos impostos para as agências de conexão à internet e a mobilização dos cidadãos brasileiros nas ruas, tal como ocorreu nas manifestações de Junho de 2013, por meio das redes sociais seriam boas alternativas para incentivar a aprovação do Marco Civil da internet, aumentar a inclusão digital e instituir direitos e deverem dos usuários. É necessário, ainda, o cumprimento das leis estabelecidas pelo Marco, assim como a sua fiscalização pelos indivíduos e poder público, se tal projeto for aprovado.
Comentários do corretor
Excelente texto! Bom domínio da norma padrão do Português, ideias coesas e claras e argumentos coerentes com o ponto de vista defendido. Parabéns!
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 2.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 10 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |