Justiça: Não na mesma moeda - Banco de redações

A revolta diante de tanta impunidade no cotidiano da maioria da população, desperta um sentimento, um desejo de ser detentor da justiça e melhorar o cenário atual. Porém, acabam sendo esquecido em grande parte dos casos, o valor de uma vida, mesmo que o possuidor de tal dom seja um criminoso maquiavélico.

Os acontecimentos que envolvem essa modalidade de violência, decorrente da necessidade de punir alguém é são comum comuns a cada dia. No início do ano na cidade do Rio de Janeiro, um menor de idade foi flagrado furtando uma bicicleta(,) e (foi) linchado por alguns rapazes que passavam pelo local. Além de ser surrado, o adolescente foi amarrado a um poste brutalmente, até ser visto pela líder de uma ONG que o resgatou do ato de selvageria.

O mais curioso foi que após esse episódio, o mesmo adolescente foi apreendido praticando mais um furto. Essa retórica remete ao fato de que as atitudes justiceiras não são a melhor solução para resolver esse problema, já que o infrator aprende algo ou se arrepende no momento, só que mais tarde volta a fazer o mesmo.

A ineficácia carcerária e o descumprimento de penas mais rigorosas em nosso país são motivos que servem para encorajar os criminosos que se sentem inabaláveis para a prática dos seus diversos crimes. Além disso, o aspecto socioeconômico se torna relevante; seja por influência familiar ou não, os bandidos continuam nessa realidade por conseguirem recursos que muitos trabalhadores não alcançam no final de um mês.

Dado isso, a ideia de justiça com as próprias mãos, só agrava ainda mais a realidade. Sendo É necessária uma reforma social e política que erradique esses fantasmas da Segurança pública e(,) ao mesmo tempo(,) acabe com os meios fáceis de obter o sustento para a sobrevivência que muitos infratores exploram, como o tráfico e os furtos em geral.