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Justiça com as próprias mãos?

Enviada em: 16/03/2014

Status:

Corrigida
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            “Bandido bom é bandido morto”. Essa foi uma das muitas mensagens postadas no Facebook pelo grupo de “justiceiros”, como eles se autodenominam, que levantaram uma discussão ética em âmbito nacional. O fato de que os comentários à favor dessas atitudes superou o de críticas, mostra uma sociedade descrente nas leis e instituições. As pessoas já não se chocam com mais nada, o que abre espaço para um ciclo de violência e brutalidade, um verdadeiro retrocesso para os tempos da lei do mais forte.

            Cinco anos depois, o comando do tráfico, voltou a mostrar poder de fogo nos morros cariocas, supostamente pacificados. Em um Brasil em que o Estado não tem respostas, a polícia é desmoralizada por uma parcela de policiais corruptos, e a Justiça é falha, a criminalidade não se restringe aos grandes centros urbanos. A intolerância do povo brasileiro remete à teoria de Thomas Hobbes de que quando o contrato social se dissolve, a violência vem à tona.

            Já dizia o filósofo francês, Émile-August Chartier: “A justiça é inexistente: ela pertence ao reino das coisas que precisam ser feitas exatamente por não existirem”. Não se pode criar uma balança para medir o que é justo ou injusto, mas é possível e preciso buscar um equilíbrio. Uma sociedade sem leis, em que cada indivíduo faz justiça pelas próprias mãos, torna-se uma bagunça.

            Os justiceiros combatem o crime através da violência, cometendo assim, novos crimes e com atitudes tão repugnantes quanto. Cabe ao Estado, recuperar a confiança do povo brasileiro, aumentando a eficiência dos processos judiciais e do sistema carcerário, investindo em treinamento e aparelhamento da polícia, dando opções de emprego para jovens das periferias e combatendo o consumo de drogas. Já o povo brasileiro, precisa estar consciente de que a forma mais justa de buscar seus direitos é de forma pacífica.

           

            

Comentários do corretor


Excelente texto. Ideias claras, bem fundamentadas, citações pertinentes e argumentos coerentes com o ponto de vista defendido. Atenção, no entanto, para o uso da vírgula. Não se separa sujeito do verbo com vírgula, ok?

Continue exercitando sua escrita!


Competências avaliadas


Item Nota
Adequação ao Tema Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. 2.0
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. 2.0
Adequação ao Gênero Textual Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. 2.0
Adequação à modalidade padrão da língua Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. 1.5
Coesão e Coerência Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. 2.0
NOTA FINAL: 9.5


Saiba como é feito a classificação da notas
0.0 - Ruim 0.5 - Fraco 1.0 - Bom 1.5 - Muito bom 2.0 - Excelente