Fazer justiça com as próprias mãos ou mesmo devolver uma ofensa com o mesmo “peso”, é uma falácia bastante difundida entre os ditos “justiceiros” nos dias de hoje. Como já dizia a Lei de Talião: “olho por olho, dente por dente”. Atitude essa movida pelo impulso e muitas vezes considerada desumana, advinda de falhas políticas, busca por justiça rápida e por terem sido vítimas alguma vez.
Agir por impulso em todo momento nem sempre traz resultados bons. Probabilidade essa, infelizmente, desconsiderada e muito usada pelos justiceiros que se veem insatisfeitos contra o poder público, fazendo assim inúmeras atrocidades. Tal ação é cometida devido às massivas impunidades, falhas e corrupções por parte do Estado, e políticas que omitem casos, levando-os as às gavetas e não aos tribunais.
Assim, ao invés do poder político ajudar, faz aumentar cada vez mais o número de grupos de milícias, (grupos de) extermínios e chacinas, pois a busca por justiça rápida é o grande lema, visto que a justiça é muito burocrática e às vezes injusta, levando-a a um crescente descrédito. Entretanto, mesmo existindo tal sistema político, não é lícito lícita a infringência dos direitos constitucionais e humanos.
Abrindo-se livros de história pode-se perceber que a todo o momento a busca pela a “revanche” é marca inerente de uma sociedade que busca o “primeiro lugar no pódio”, independente de quem ela deva “passar por cima”. Tal visão foi e ainda continua sendo levada avante pelo fato dessas pessoas terem sofrido ações injustas, ou mesmo alguém de seu convívio, e que tais questões não foram resolvidas pela justiça.
É natural a contra reação a um roubo, por exemplo, isso é em legítima defesa. O que não é admitido é contra reação que infringe a vida e aos Direitos Humanos, pelos “justiceiros”. Para reverter tamanho descrédito populacional, é necessária uma urgente reestruturação política. Também é importante saber o modo de fazer justiça. Se alguém lhe fere com palavras, busque uma conversa amigável, se lhe devem dinheiro a há “anos”, procure fazer uma acordo de negócio, e claro se o caso foi morte, vá atrás de seus direitos civis por_que com eles ainda tem-se muito a ganhar, justiceiramente* falando, ao invés do uso da Lei de Talião.
Comentários do corretor
* Neologismo. Evite.
Atenção ao uso da crase, à grafia correta das palavras e às concordâncias de número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
Bom texto, apresenta argumentos coerentes com o ponto de vista defendido.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 8 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |