O risco de ser justiceiro - Banco de redações

     Um acontecimento que vem ganhando muito destaque, principalmente pela mídia, é o caso de querer fazer justiça com as próprias mãos. Os brasileiros, já cansados de tanta impunidade por parte dos órgãos que deveriam fazer cumprir as leis, resolvem atuar por conta própria, mesmo correndo riscos.

     Tais atos são praticados com intuito de coibir a atual violência que ronda a sociedade brasileira, e que o Estado já não está sendo capaz de controlar. Políticas assim, são vistas como uma solução imediata aos criminosos que tentam se aproveitar da fragilidade da população para cometer crimes. No entanto, nota-se desaconselhável tal prática, pois as pessoas comuns, por mais que a Constituição Federal os faculte a prender alguém em flagrante delito, tal medida é perigosa, visto que não detém o preparo adequado à essa prática.*

     Outro fator preponderante é a deficiência e insuficiência da força policial disponibilizada pelo Estado, este que tem, não a faculdade, mas o dever de atuar para manter a ordem, segurança e a disciplina. Criminosos estão cada vez mais numerosos e ousados, o que dificulta a ação coibidora cabível ao Poder Público, o que e acaba motivando tais "justiceiros" a utilizar métodos alternativos para enfrentar o problema.

     Destarte, cabe à população e aos "justiceiros" atuar com uma conduta menos lesiva, ou seja, de forma a não ferir preceitos constitucionais com as práticas adotadas, muitas vezes com tortura. Tal medida se faz necessária, com intuito de preservar a integridade física e moral, tanto dos criminosos quanto da própria sociedade, pois seria melhor usar da união para cobrar do Estado os direitos previstos em lei, ao invés de arriscar sua vida para tentar celebrar justiça.